Política Titulo Vice do Aécio
Aloysio pede saída
de Maranhão do PSDB

Para senador paulista, único prefeito tucano
no Grande ABC ‘tem de tomar caminho da rua’

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
10/07/2014 | 06:50
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Nario Barbosa/DGABC


Candidato a vice-presidente da República na chapa encabeçada pelo senador mineiro Aécio Neves (PSDB) na corrida ao Palácio do Planalto, o também senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) defendeu a expulsão partidária de Gabriel Maranhão, de Rio Grande da Serra, único prefeito tucano no Grande ABC, mas que declarou voto à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição e principal adversária de Aécio. Maranhão evitou polemizar com o correligionário, entretanto manteve posicionamento favorável à petista.

“Acho que ele (Maranhão) deve tomar o caminho da rua. O nosso partido não permite esse tipo de postura. Claro (que defendo a expulsão). É melhor que ele saia, vá procurar a turma dele”, afirmou Aloysio, que no sábado participou de evento em São Caetano com lideranças do PTB.

Por enquanto, o PSDB não tomou posicionamento oficial com relação à decisão de Maranhão de votar em Dilma, embora tucanos estejam criticando duramente a opção do prefeito de Rio Grande da Serra.

A polêmica começou na semana passada, durante agenda em Brasília na qual Dilma anunciou R$ 461,6 milhões em recursos para que os sete municípios investissem em Mobilidade Urbana. Na ocasião, Maranhão agradeceu à petista por fazer “política republicana”, externou seu voto à atual chefe da Nação e discorreu que, embora seja tucano, seu “coração e alma são vermelhos”.

As declarações repercutiram amplamente no tucanato da região. Secretário regional do PSDB, Luiz Antonio de Carvalho pediu a saída de Maranhão do partido, porém comentou que a desfiliação seria presente ao prefeito, pois a expulsão livraria o tucano da perda de mandato por brecha na Lei de Fidelidade Partidária.

“Tenho gratidão (a Dilma) e não tenho mais nada a dizer. Não me arrependo (de ter declarado voto na presidente). Tenho compromisso com quem me apoiou. E é bom enaltecer quem vem me ajudando”, ponderou Maranhão, evitando rebater críticas de Aloysio Nunes. “Respeito toda a trajetória política dele (Aloysio). Estaria sendo leviano em falar qualquer coisa.”

O chefe do Executivo de Rio Grande disse que não foi comunicado oficialmente sobre eventuais punições partidárias. O tucano argumentou que honra compromissos principalmente com pessoas que ajudam seu mandato e a cidade – segundo ele, casos do ex-prefeito Adler Kiko Teixeira (PSC) e do deputado estadual Orlando Morando (PSDB). “Temos de ter respeito independente do partido”, resumiu. (Colaborou Gustavo Pinchiaro) 




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