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1 a 0 Gol de Hummels garante germânicos na semifinal contra o Brasil e mantém alemães com histórico de algozes dos franceses no Mundial
Estadão Conteúdo
A Alemanha manteve o tabu e eliminou a França da Copa do Mundo mais uma vez após ser a algoz em 1982 e 1986. Com gol de Hummels, os germânicos venceram no Maracanã por 1 a 0 e agora esperam o Brasil na semifinal do Mundial.
Os alemães começaram marcando em cima e apresentando toque de bola envolvente – os franceses só corriam atrás.
O controle resultou em vantagem no placar rapidamente. Com 13 minutos, Kroos cobrou falta na cabeça de Hummels, que testou firme para o fundo do gol dos Bleus.
O melhor momento francês ocorreu aos 33, quando Valbuena recebeu na área e bateu para defesa de Neuer. No rebote, Benzema, pressionado pela zaga, mandou por cima. Apesar de ter equilibrado as ações, a França abusava dos lançamentos por trás da zaga alemã, que estava bem postada e conseguia evitar o perigo.
Na segunda etapa, os Bleus assumiram as rédeas da partida, mas pouco ameaçavam o gol de Neuer.
A primeira chance ocorreu aos 15 minutos após chuveirinho na área para Varane, que cabeceou para defesa do goleiro germânico.
Com 31, Matuidi recebeu na área e soltou a bomba, mas Neuer espalmou no susto.
Preparada para jogar no contra-ataque, a Alemanha quase matou o jogo aos 36, quando Müller avançou e cruzou para Schürrle finalizar, mas Lloris, com os pés, evitou o pior.
Se de um lado o arqueiro francês trabalhou, do outro, Neuer garantiu a classificação dos alemães no tempo normal. Aos 48 minutos, no último lance do duelo, Benzema ficou frente a frente com o paredão germânico e teve seu gol negado pelo braço direito de Neuer.
Alemães exaltam organização defensiva contra franceses
A vitória sobre a França foi comemorada com parcimônia pelos jogadores da Alemanha no gramado do Maracanã. Contentes, mas contidos.
Após o confronto, o goleiro Neuer, autor de defesa no último lance do duelo que garantiu o triunfo sobre os franceses, exaltou a organização defensiva de sua seleção e decretou: quer chegar à final.
“Até o último minuto tivemos que nos segurar. Resistimos bem na defensiva. Vamos ver o que vai acontecer, tem Brasil e Colômbia. O Brasil está em casa e quer ir à semi. Nós queremos ir à final”, ressaltou.
Capitão alemão, o lateral-direito Lahm destacou a qualidade da França, que ofereceu poucas oportunidades para a Alemanha no contra-ataque. Mesmo necessitando dos resultados, os franceses seguraram os germânicos, que chegaram apenas duas vezes no segundo tempo.
“Foi uma boa apresentação. Os dois times tiveram chances e estavam bem organizados. São equipes muito boas. Não tivemos muitas possibilidades de contra-ataque”, comentou o experiente jogador.
Pedro Souza
França e Alemanha atraem diversas nações à Capital
Torcedores de vários países acompanham partida no Fifa Fan Fest no Vale do Anhangabaú
Às 12h, eles já estavam cobrindo as testas com as mãos do sol escaldante do Centro de São Paulo. Estrangeiros de várias nações chegaram cedo ao Vale do Anhangabaú, ontem, para acompanhar a partida entre França e Alemanha, pelas quartas de final da Copa do Mundo. A partida era às 13h e o que se via eram vários grupos com camisas de seleções distintas tentando se comunicar, em várias línguas, principalmente o inglês. E, claro, não faltavam brasileiros no meio do público, que assistiu à partida do Fifa Fan Fest, na Capital.
O motorista Emerson Weindl, 30, por exemplo, estava camuflado em meio aos estrangeiros. Neto de alemão, o rapaz vestia uniforme da seleção da Alemanha e um grande chapéu com as cores preto, vermelho e amarelo. “Torço pela Alemanha se ela passar. Se não, sou Brasil”, garantiu o morador da Capital.
Weindl estava sozinho no Vale, ontem, mas disse que nos outros jogos se aproximou dos grupos de torcedores alemães para conversar. Por sinal, a variedade de camisas que se via, ontem, era grande. Alemanha, França, Colômbia, Brasil, Japão, México e, claro, sobraram alguns com o uniforme da Argentina. Foi o caso do desenvolvedor de games Frederico Puorolo, 30, de Rosário. Ele aguardava apenas o fim da partida entre França e Alemanha para seguir com seu amigo, o publicitário Damian Asato, 41, de Buenos Aires, para Brasília. Tinham ingressos para o confronto Argentina x Bélgica, hoje, às 13h.
Ontem, ambos descordavam sobre o jogo que acompanhavam, pois cada um torcia para uma das seleções. No entanto, esperam que o Brasil avance, juntamente com Argentina, para jogarem a final. “Não quero que o Brasil perca antes da final porque senão acaba todo o clima de Mundial aqui”, explicou Asato.
Abatidos, franceses lamentam outra eliminação para os germânicos
Em 1982 e 1986, a Alemanha foi algoz da França na Copa do Mundo. Em 2014, os germânicos eliminaram os franceses novamente, desta vez nas quartas de final.
Para o técnico Didier Deschamps, a derrota por 1 a 0 no Maracanã foi decepcionante. “Fizemos de tudo. Tentamos até o fim com o Benzema. É decepcionante. Não esperávamos jogo fácil. Faltou-nos pontaria também”, lamentou. O meia Valbuena destacou a raça francesa na partida. “Usamos todas as armas na batalha, mas não foram suficientes. É uma pena parar no meio do caminho”, disse.
Futebol reúne amigos de faculdade
Primeiro foi a vez do engenheiro civil, de Santo André, Caio Coppola, 24 anos. Ele fez intercâmbio na França e conheceu a francesa e estudante de Engenharia Mecânica e de Materias, Alexandra Gibeaux, 23.
Neste fim de semana foi a vez dela visitá-lo em sua terra natal. Ontem, os amigos assistiram a partida entre França e Alemanha no Fifa Fan Fest da Capital, no Vale do Anhangabaú. “Vamos assistir ao jogo do Brasil daqui e depois vou apresentar Santo André para ela”, explicou Coppola.
Alexandra, atualmente, também realiza intercâmbio. Ela mora desde agosto de 2013 em Porto Alegre. “Na França, só temos a visão de que o Brasil é o Rio de Janeiro. Estou gostando muito de conhecer outras partes do País.”
Ela chegou na noite de quinta-feira em São Paulo e foi quem deu a ideia de acompanhar os jogos da Fan Fest. “Eu já fui em Porto Alegre e falei para o Caio vir para cá”, explicou. “Essa é minha primeira vez”, declarou Coppola.
Alexandra não ficou tão feliz com o resultado do jogo, já que a Alemanha venceu a França por 1 a 0. Por outro lado, Santo André proporcionou-lhe ótimas sensações. Coppola contou que sua mãe fez baião de dois, prato típico do Nordeste brasileiro, com feijão, para agradar a visita. “Eu achei bem gostoso”, afirmou, sorrindo, a estudante.
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