Política Titulo Profissão
Saulo exalta carreira política

Candidato do PMDB rebate críticas de governista na corrida em Ribeirão

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
28/08/2012 | 06:49
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Candidato ao Paço de Ribeirão Pires Saulo Benevides (PMDB) afirmou que escolheu a política para fazer carreira. Vereador no quarto mandato, ele defendeu que optou por não exercer outra profissão para se dedicar integralmente à função de parlamentar.

O peemedebista rebateu as críticas feitas pelo adversário no pleito eleitoral Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). Desde semana passada, o atual vice-prefeito aumentou o tom dos ataques contra o vereador, questionando onde ele trabalhou nos últimos 16 anos.

"Escolhi a política como carreira. Não dá para ter um cargo público e outra função. Me dedico 24 horas de corpo e alma ao meu mandato. Optei por ser político na minha vida", afirmou.

O prefeiturável do PMDB comentou ainda a postura de Dedé e, na mesma moeda, também colocou a profissão dele em xeque. "Ele fala que é jornalista, mas usa o jornal da família dele para adquirir benefícios. Prova disso é que ele está inelegível", disparou.

O popular-socialista foi condenado por abuso de poder econômico nas eleições de 2004, quando concorreu a uma cadeira na Câmara. Na ocasião, o hoje vice-prefeito encartou material de campanha no jornal que pertence ao seu pai, Gemecê de Menezes.

A condenação embasou o juiz eleitoral de Ribeirão Pires, José Wellington Bezerra da Costa Neto, que indeferiu o registro de candidatura à Prefeitura do governista. O magistrado entendeu que Dedé foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, aprovada em 2010, que prevê oito anos de inelegibilidade para o crime. Antes, a pena era de três anos.

A defesa afirmou, em recurso ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), que, se condenado, o vice-prefeito pagará duas vezes pelo mesmo erro, pois ele ficou inelegível de 2004 a 2007. A ação aguarda julgamento.

 

ETERNOS ALIADOS

Saulo também rebateu a acusação do governo de que sempre foi aliado à ex-prefeita Maria Inês Soares, que comandou a cidade entre 1997 e 2004. Na época, ele chegou à presidência da Casa no biênio 1999-2000.

Dedé tem afirmado nos seus discursos que o peemedebista foi favorável ao aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) - o projeto foi aprovado em 1998 - e que ele apoiou a retirada de benefícios do funcionalismo, fator que contribui para alta rejeição da candidata petista (39,3% de acordo com a última pesquisa feita pelo Diário, divulgada no domingo). "Errado foi quem constrói o projeto, no caso, o Poder Executivo", desconversou o peemedebista.

 

INÍCIO

Dedé iniciou críticas mais contundentes a Saulo em sua primeira atividade de campanha com carro de som, no dia 23. O vice-prefeito de Ribeirão Pires e indicado da administração para concorrer ao Paço questionou onde o peemedebista atuou como profissional. "Ele acha que político é profissão. Me fala onde ele trabalhou nos últimos 16 anos? Isso é um absurdo, porque mandato é algo dado pelo povo", disparou o governista sobre o vereador.

Em seu registro de candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o peemedebista declarou que sua ocupação é vereador. "Sou jornalista e gerente de cidades. Para ser político é preciso gostar das pessoas e não só do salário no fim do mês", completou Dedé na ocasião, classificando a candidatura majoritária do PMDB como projeto pessoal de Saulo.




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