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As jovens de hoje e o questionamento de 1970

Como as novas gerações tomam conhecimento do que foi a Copa do Mundo de 1970

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
24/06/2014 | 07:00
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Como as novas gerações observam e tomam conhecimento do que foi a Copa do Mundo de 1970, a do tricampeonato do Brasil no México? Este tema envolveu as turmas do 5º semestre de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo. “Tínhamos que escolher um formato para um telejornal. O futebol ganhou pela maioria e a matéria principal não tinha como não ser sobre Copas do Mundo”, contam as quase jornalistas Joyce Silva e Letícia Justino Varjão.

Uma data redonda foi aproveitada: 1964-2014, 50 anos de ditadura militar no Brasil. Como 1970 foi o auge do regime totalitário, as jornalistas registraram: “Em campo, Brasil campeão, vitorioso; nas ruas, morte, silêncio, censura”. Ou seja: as duas faces do Brasil 1970.

Escrevem Letícia e Joyce: “O País que ganhava e o País que perdia. Ganhava título e levantava a taça, mas perdia a vida de brasileiros. Bastante brasileiros. A proposta era analisar a Copa de 1970, compreender a relação fanática e apaixonada que os brasileiros têm há muito tempo pelo futebol e se – especificamente – naquele ano, o que acontecia nos bastidores era ofuscado pela equipe.”

Foram entrevistados: Sebastião Haroldo, professor do colegiado da Fundação Santo André e louco por futebol; professor Antonio de Andrade, da Faculdade de Comunicação da Umesp; professor Leonildo Silveira, do Programa de Pós Graduação de Comunicação da Umesp; jornalista Milton Saldanha, que foi editor-chefe do Diário; e este repórter.

O resultado pode ser visto pela internet.

A Copa de 2002

Texto: Letícia Justino Varjão

Da Universidade Metodista

Já havia passado por duas outras Copas, mas era menina demais para lembrar. Em 2002, apesar de ter já os meus 8, 9 anos, lembro dos meninos do bairro e meu irmão mais velho que se juntaram nos dias que antecederam a abertura dos jogos para pintar a rua e a calçada de casa com tinta de qualidade duvidosa, pendurar bandeirinhas de papel celofane e ir pedir para os vizinhos mais simpáticos e patriotas que cedessem o muro para desenhar uma bandeira do Brasil com a mesma tinta de qualidade duvidosa. Eu observava os meninos da rua e era, no momento, a coisa mais divertida do mundo.

Como num piscar de olhos, a lembrança vai direto ao dia da final da Copa do Mundo, e aí claramente me recordo de Ronaldo Fenômeno entrando em campo com um corte de cabelo super maneiro. Estava na casa de uma tia, junto de mais uns 7.836 primos, uns amigos dos primos e mais uns amigos dos amigos dos primos. A casa estava cheia e eu era a pessoa mais nova dali. Lembro disso não sei por qual motivo. Estávamos na sala, Brasil jogava contra a Alemanha. Recordo-me do último gol do Brasil. Comemoração. Abraços. Meu irmão soltando fogos do muro de 2 metros da casa e minha tia pedindo desesperadamente pra ele descer. Depois minha tia fez pastel de queijo e distribuiu Coca-Cola para todo mundo, e isso era bonito demais pra esquecer.

UM DOS RONALDOS

Tinha 10 anos em 2002. Vestia a camisa da Seleção, só não sei se do Ronaldo Fenômeno ou do Ronaldinho Gaúcho – com certeza, de um dos Ronaldos. Assisti a final em casa, ao lado dos meus pais, irmãos, tios, tias, primos, vizinhos...

A festa foi na rua, no bairro Oswaldo Cruz (São Caetano), entre a Serafim Carlos e a Bom Pastor – esta pintada de verde-amarelo em seu final. A festa do penta, inesquecível.

Thiago Soares Costa, outro dos nossos colaboradores dos cemitérios de São Caetano

Da obra de Mário Mastrotti, no Diário

Cubinho em: CENSURA

O ano: 1979.

Visite exposição na Biblioteca Central da UMESP.

Até 31 de julho

Diário há 30 anos

Domingo, 24 de junho de 1984 – ano 27, nº 5553

Manchete – Região prepara-se para comício das diretas já, na Praça da Sé; acordos vencendo a ideologia

Mutirão – Aproveitando o feriado prolongado, pais de alunos decidiram pintar a EEPG Benedito Gomes de Araújo, na Avenida Dom Pedro I, em Santo André.

Editorial – A força do mutirão que não é aproveitada

Em 24 de junho de...

1969 – Vereador Octavio de Oliveira solicita a reabertura da agência postal do Distrito de Paranapiacaba, fechada desde a transformação do Departamento de Correios e Telégrafos em empresa pública.

1974 – General Motors anuncia construção de fábrica de motores diesel em São José dos Campos.

Hoje

- Dia Internacional do Disco Voador

- Dia do Observador Aéreo

- Dia do Caboclo

- Dia Nacional da Araucária

- Dia do Mel

Santos do dia

- Fausto

- Firmo

- João Batista. Filho de Zacarias e Isabel, primo de Jesus, a quem batizou. Daí o ‘Batista’ do nome.

Municípios Paulistas

Em homenagem a São João, hoje é feriado em: Alto Alegre, Américo de Campos, Atibaia, Balbinos, Clementina, Gastão Vidigal, Ibaté, Iepê, Joanópolis, José Bonifácio, Lucélia, Mirandópolis, Nhandeara, Ouroeste, Populina, Rio Claro, Salto de Pirapora, Santa Albertina, Santa Fé do Sul, São João da Boa Vista, São João das Duas Pontes, São João de Iracema e São João do Pau D’Alho.

Falecimentos

OBERDAN CATTANI

(Sorocaba, SP, 12-6-1919 – São Paulo, SP, 20-6-2014)

Ao lado de Valdir, Leão e Marcos, Oberdan inscreve seu nome como um dos principais goleiros da Sociedade Esportiva Palmeiras, com o detalhe de ter iniciado carreira no clube ainda no tempo do Palestra Itália. Seu busto estava pronto para ser inaugurado entre os grandes do Palmeiras. Adoecido, a homenagem precisou ser adiada.

Os Cattani residiram em Santo André. Há, ainda, membros da família na cidade. E daqui Oberdan saia para os jogos e treinos do Palmeiras. Seguia de ônibus, muitas vezes ao lado de Piolin e Begliomini, também moradores da cidade e que jogavam em clubes grandes de São Paulo. Formava-se a trinca de defensores: Oberdan goleiro do Palmeiras, Piolin lateral-direito do São Paulo e Begliomini lateral-esquerdo do Corinthians. Trio de times grandes de São Paulo, rivais dentro de campo, amigos fora dele. E que chegaram às seleções Paulista e Brasileira.

Apelidado Muralha pela excelência do seu futebol, Oberdan deveria ter sido homenageado, em vida, pela municipalidade andreense. Ele partiu aos 95 anos e está sepultado no Cemitério São Paulo, na Capital. 




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