Setecidades Titulo Tragédia
Explosão completa 1 mês
sem definição de causas

Acidente em academia de São Bernardo matou
dois e deixou 19 feridos; Polícia Civil aguarda laudo

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
17/06/2014 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


Após exato um mês, completado hoje, ainda não há esclarecimento sobre as causas que provocaram a explosão que matou duas pessoas e feriu outras 19 na academia Tem Esportes, no bairro Pauliceia, em São Bernardo. A Polícia Civil aguarda conclusão do laudo feito pelo IC (Instituto de Criminalística) para indiciar os culpados. Não há prazo para que o documento seja entregue.

A principal hipótese considerada é que vazamento de gás causou o acidente. Entretanto, não se sabe se o combustível vazou por falta de manutenção na tubulação ou por negligência de funcionários – da academia ou da Consigaz, empresa responsável pelo fornecimento – no manuseio dos equipamentos.

A alegação do advogado do centro esportivo, Roberto Leonessa, é que todos os serviços executados na rede eram de responsabilidade da Consigaz. Já a distribuidora rebate dizendo que, logo após o acidente, técnicos verificaram que aquecedores, que seriam de propriedade da academia, haviam sido desconectados da rede sem que houvesse vedação adequada dos pontos de saída.

Até o momento, o IC encaminhou apenas laudo preliminar sobre o acidente à delegada Telma Regina Violi Preto, titular do 5º DP (Pauliceia). O documento, entretanto, não é conclusivo e somente relata com texto e fotos o estado em que foram encontrados o prédio e os corpos logo após o acidente. “Temos de esperar o laudo final para poder indiciar alguém. Mas o indiciamento ou não irá depender do que será apresentado”, explica. A natureza do boletim de ocorrência iniciado no dia 17 de maio é explosão culposa.

ASSISTÊNCIA

Leonessa garante que a direção da Tem Esportes está prestando assistência às pessoas atingidas – sejam feridos, parentes de vítimas fatais ou moradores das quatro casas vizinhas que ficaram desabrigados após interdição da Defesa Civil. Ainda não há definição se a unidade será reativada. A Prefeitura de São Bernardo informa que a liberação dos imóveis depende de reparos feitos pelos proprietários e, em seguida, apresentação de laudo de segurança e estabilidade. A partir daí, o órgão avaliará se libera ou não o local.

O agente policial Norivaldo Benedito da Silva, 59 anos, que era cunhado de Marcos Aparecido Pardim, 50, uma das vítimas, confirma que a família está recebendo assistência. Seis pessoas que moravam em duas casas no mesmo terreno na Rua Belém estão hospedadas em hotel na região. Pardim também morava no local e morreu enquanto estendia roupas no varal. A outra vítima fatal foi a professora de natação Helne Boriczeski Alves, 26. 




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