Política Titulo Ribeirão Pires
Dedé sobe o som da campanha

Ontem foi a primeira vez que o prefeiturável do PPS foi para
as ruas com o propósito de chamar a atenção dos munícipes

Erica Martin
do Diário do Grande ABC
19/08/2012 | 07:00
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Multidão, bandeiras, jingles, fogos de artifício e carros de som não faltaram na caminhada do candidato do PPS à Prefeitura de Ribeirão Pires, Edinaldo de Menezes, o Dedé, e da vice Rosi de Marco (PV), realizada ontem pela manhã. É a primeira vez que o prefeiturável vai para as ruas com o propósito de chamar a atenção dos munícipes. Anteriormente, a chapa estava focada em atos políticos discretos e com pouca gente. O candidato chegou a afirmar ao Diário, em julho, que não apreciava a campanha barulhenta. "Não gosto de ‘auê', não gosto de incomodar as pessoas".

Após ser questionado sobre o fato de ter modificado o formato das atividades de rua, Dedé desconversou. "Agora é um outro momento da campanha, faltam 50 dias para a eleição, então, é outro ritmo, mais de grupão."

Em 25 de julho, a candidatura do popular-socialista foi rejeitada, pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Dedé foi condenado por abuso de poder econômico porque, em 2004, usou o jornal da família para encartar panfleto político - à ocasião, concorreu com êxito a uma cadeira na Câmara. Mas como entrou com recurso para reverter a situação, espera nova decisão da Justiça Eleitoral, que poderá sair nesta semana.

O postulante negou, no entanto, que o ato em grupo tenha sido forma de mostrar que ele ainda está no pleito como o indicado do prefeito Clóvis Volpi (PV) e, assim, minimizar os reflexos da notícia nas ruas. "Sinceramente não estou preocupado com isso (julgamento). Quem vai definir é a Justiça e nós estamos fazendo campanha, estamos na rua."

OPOSIÇÃO

A coligação Mudar para Melhor, liderada pelo prefeiturável Saulo Benevides (PMDB), entrou com a ação contra Dedé. Durante a passeata, militantes do PPS não esqueceram o fato e cantaram jingles em defesa do governista. Os hits foram lembrados por Dedé no discurso final. "Precisamos estar juntos e motivados porque a vitória virá. Como diz o grito de guerra do pessoal, (a oposição) vai perder no tapetão e na urna porque é no voto que se ganha".

Durante a fala, o popular-socialista também comparou sua situação política à do vereador situacionista João Lessa (PSDB), candidato à reeleição. "Em 2008, ele sofreu a mesma perseguição que nós estamos sofrendo, mas foi o vereador mais votado da cidade. Não tenho dúvidas nenhuma de que vai acontecer o mesmo conosco nesta eleição."

Questionada sobre o fato de Dedé ter optado por campanha mais movimentada - que já é praxe da chapa petista - Maria Inês Soares, candidata da legenda à Prefeitura, se isentou de polêmicas.

"Acho que isso faz parte do jogo, a estratégia tem de ser repensada sempre, mas esse é o jeito que sempre fizemos campanha, não é nenhuma novidade, há 30 anos fazemos assim."




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