Economia Titulo Verão
Piscina portátil é
grande negócio no calor

Encalorados invadem lojas da região em busca de
opções para se refrescar; vendas crescem até 600%

Por Andréa Ciaffone
do Diário do Grande ABC
05/02/2014 | 07:07
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Ricardo Trida/DGABC


Para combater o calor, nada melhor do que água. Mas, quando o líquido servido em copos já não é mais suficiente para resolver o desconforto, outras ideias jorram. Foi assim que, há quatro anos, o administrador Ricardo Karolis, 56 anos, de São Bernardo, adquiriu a sua piscina portátil. “Estava um calorão como o destes dias, bastou alguém comentar que uma piscina fazia falta que eu, um sobrinho e um cunhado já estávamos no carro para ir comprar uma. Na mesma tarde já estávamos aproveitando”, conta Karolis, que adquiriu um modelo de quatro metros de diâmetro, 60 centímetros de profundidade e 4.600 litros de água. “Foi um bom investimento”, garante.

O mesmo tipo de impulso que fez Karolis sair em busca do refresco proporcionado por uma piscina vem se repetindo com frequência na região. Na Coop, as vendas de piscinas portáteis aumentaram 600% no mês passado em relação a janeiro de 2013. “Essa procura intensa no Grande ABC é inédita. As vendas explodiram. O comum sempre foi vender bastante no Interior. Tanto que tivemos que correr atrás dos fornecedores para apagar o incêndio. Afinal, não há como prever aumento tão expressivo”, conta o diretor Edson Rodrigues. A demanda se justifica pelo fato de que, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), este janeiro ter sido o mais quente dos últimos 70 anos na região. Na Coop, os modelos mais vendidos são a de 400 litros, que custa R$ 69,90 e a de 1.000 litros, por R$ 112,90.

A enxurrada de consumidores em busca de uma piscina para chamar de sua também passou pelo Walmart, que registrou aumento de 20% nas vendas. No site da Casas Bahia já não há mais nenhum modelo disponível, mas, nas lojas físicas, ainda há estoques dos modelos de montar de 1.000 litros, por R$ 99, e inflável, de 2.400 litros, por R$ 149.

“A manutenção é barata, cerca de R$ 50 por mês. E, cuidando da água direitinho, dura uns 60 dias sem precisar de troca”, afirma Karolis, que capricha na limpeza: passa a redinha, limpa o fundo, verifica o estado da água, aplica cloro e sempre deixa a piscina coberta quando ela não está sendo usada. Os modelos infláveis de 4.600 litros com filtro e capa custam na internet entre R$ 400 e R$ 500. O filtro também pode ser comprado separadamente, e custa cerca de R$ 350.

E ele revela que a piscina vem sempre com amigos: o churrasco e a cerveja. “Sabendo que vai poder se refrescar, todo mundo fica mais animado. No fim de semana, por exemplo, a alegria da família foi poder entrar na água”, conta o administrador, que não pretende construir piscina convencional nem aumentar o tamanho da atual. “Maior que isso já compromete a circulação no quintal e atrapalha o acesso à churrasqueira.”

BOM PARA CACHORRO - Já o andreense Jefferson Vínicius Castro, 36 anos, está de olho em uma evolução. Atualmente, tem uma piscina de 2.000 litros, em formato retangular, de 1,5 m por 2 m. “Já pesquisei e escolhi um modelo de 7.500 litros, que custa R$ 890”, conta o técnico de aparelhos de ginástica, que confessa que quem mais aproveita do modelo atual é seu pit-bull, Zeus. “Tenho a piscina há seis anos, desde que ele era filhotão, e ele adora nadar”, diz Castro, que admite que por causa do pelo tem de trocar a água da piscina com mais frequência. “Neste verão já troquei três vezes. Mas a próxima piscina vai ter filtro.”


Planejamento é o primeiro passo para construir um modelo fixo

Para quem sonha em ter uma casa com piscina ‘de verdade’, a boa notícia é que técnicas construtivas modernas tornaram essa possibilidade mais viável.

De acordo com a Nado Azul Piscinas, empresa andreense especializada na instalação e na manutenção de piscinas, em apenas 40 dias é possível dar o primeiro mergulho. Na região, o tamanho mais vendido é o de quatro por oito metros, que comporta 45 mil litros de água. Deste tamanho, a piscina feita em vinil ou fibra de vidro, custa, em média, cerca de R$ 22 mil. As de alvenaria costumam sair mais caro.

A manutenção é um dos itens que costumam preocupar quem está considerando a instalação de uma piscina. Os produtos que garantem a qualidade da água e sua transparência custam cerca de R$ 115 por mês. Já o desembolso pela mão de obra de manutenção fica em torno de R$ 200 mensais.
 




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