A ausência do ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) na corrida eleitoral do ano que vem pode transformar Diadema em território de forasteiro em busca dos 320.387 votos de eleitores da cidade.

Filippi aceitou ser secretário de Saúde da Capital, no governo de Fernando Haddad (PT), com compromisso de não tentar renovar seu mandato na Câmara Federal. Por isso, os 82.641 votos que conquistou somente em Diadema estão livres pelo município.

Não à toa começam a surgir candidatos a deputado federal costurando apoios na cidade. Entre eles estão Ricardo Berzoini (PT-SP), Francisco Chagas (PT-SP), Vicentinho (PT-São Bernardo) e até o vice-prefeito de Mauá, Hélcio Silva (PT).

Pelo lado governista, o prefeito Lauro Michels (PV) concentra forças para abafar candidaturas com origens no Paço para cumprir palavra dada ao ex-chefe do Executivo de Rio Grande da Serra e hoje seu assessor especial, Adler Kiko Teixeira (PSC).

Kiko aceitou convite para ir a Diadema para, além de auxiliar o integrante de seu grupo político, abocanhar votos na cidade, sabedor que seu reduto eleitoral – principalmente em Rio Grande e Ribeirão Pires – não oferece quantidade de votos suficiente para eleger um deputado federal.

Caso Lauro obtenha êxito na manobra interna, Diadema não terá candidatos locais com forte potencial brigando por assento na Câmara Federal.

Além de Filippi, a cidade já teve outro representante no Congresso: José Augusto da Silva Ramos, entre 1995 e 1998. Foi eleito pelo PT, mas, expulso da sigla em 1997 depois de histórica briga interna um ano antes, terminou o mandato pelo PPS.

EXPECTATIVA

Os secretários de Educação, Marcos Michels (PV), e de Obras, Márcio da Farmácia, além do ex-prefeito Mário Reali (PT) e o vereador Ricardo Yoshio (PRB) são especulados para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal.

Pelo PSB, o empresário Jadir Riato, com reduto eleitoral no bairro Eldorado, tem pré-candidatura a deputado federal confirmada pela cúpula estadual socialista.