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Santos e São Paulo duelam em busca de afirmação
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02/10/2013 | 06:00
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Montagem/DGABC


Maiores vencedores brasileiros da Libertadores e acostumados a disputar títulos, Santos e São Paulo entram em campo nesta quarta-feira, a partir das 21h50, na Vila Belmiro, com pretensões bem mais modestas e ambos em busca de afirmação. A vida santista é, em tese, mais simples: na nona colocação do Brasileirão, com 33 pontos, tenta pôr fim aos altos e baixos para entrar para valer na briga pelo G4. Já o lado são-paulino transpira angústia na luta contra o rebaixamento - uma derrota no clássico, aliada a uma vitória do Vasco sobre o Inter na quinta, recoloca o time na zona da degola.

O Santos precisa da vitória contra o São Paulo para se recuperar do empate contra o lanterna Náutico, na Vila Belmiro, e da derrota por 3 a 1 diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte. Mas, principalmente, para dar uma sobrevida para Claudinei Oliveira como técnico. Mesmo tendo a melhor campanha entre os paulistas no Brasileirão, ele vem sofrendo críticas de parte do Conselho Gestor do clube, que o considera inapto para o cargo. Um novo tropeço em casa deve aumentar o tom das críticas.

Alheio ao tiroteio, o treinador admite que Muricy Ramalho, seu antecessor no Santos, estará em vantagem por conhecer bem os jogadores do Santos e estar habituado a trabalhar em jogos na Vila Belmiro. "Mas temos de conseguir jogar melhor que o São Paulo, impondo a nossa qualidade tática. Procuraremos a excelência e esperamos ter uma grande atuação", ponderou Claudinei Oliveira.

O único mistério da escalação santista passa pela escolha entre Willian José, Giva e Everton Costa para ser o companheiro de Thiago Ribeiro no ataque. Cicinho, que começou improvisado no meio-de-campo diante do Atlético-MG, volta à lateral direita. E o esquema com três volantes - Alison, Arouca e Cícero - vai ser mantido, deixando Leandrinho como meia.

CONFIANÇA - As derrotas para Goiás e Grêmio, nas duas últimas rodadas, parecem não ter abalado os são-paulinos, mesmo com a perigosa reaproximação da zona de rebaixamento - ocupam a 16ª colocação, com 27 pontos. A sensação após a partida contra o rival gaúcho, no domingo, é de que o time está encorpando e encontrando uma forma de jogar. "Estamos criando uma identidade e estamos jogando bem, isso não conseguíamos antes. Mesmo perdendo para o Grêmio, jogamos bem e sabemos que se mantiver esse padrão temos tudo para crescermos", afirmou o atacante Luis Fabiano.

Embora o ambiente de fato pareça mais leve, ninguém esconde que voltar ao bloco do descenso traria consequências negativas. O temor é de que o elenco não consiga reagir se for novamente tragado pelo grupo dos piores. "Faltam muitas partidas. Se voltarmos, nada está perdido, mas já estivemos lá e sabemos que é difícil sair. Ainda mais nessa fase do campeonato, que se torna mais difícil", emendou Luis Fabiano.

Um dos pontos fundamentais trabalhado por Muricy foi a finalização em gol. Dono do terceiro pior ataque do campeonato (20 gols), o técnico cobrou muito os jogadores e desenvolveu uma série de atividades para acertar a pontaria. O São Paulo tem a tímida marca de apenas sete gols nos 11 jogos que realizou no mês passado e passou em branco nos últimos dois.

Se o ataque não marca, a defesa também é problema. Muricy mandará a campo uma formação reserva, já que Antonio Carlos (suspenso) e Rafael Toloi (machucado) estão fora. Paulo Miranda e Rodrigo Caio devem formar o setor contra o Santos na Vila Belmiro.




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