O candidato petista ao governo do Estado será definido em agosto, após duas plenárias que serão realizadas em Bauru, nos dias 10 e 11, e num encontro metropolitano na Capital, nos dias 16 e 17. O objetivo é organizar agenda de pré-campanha logo depois do anúncio do postulante.

Nos bastidores, corre a informação de que a definição ficará entre os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Padilha transferiu o título de eleitor de Santarém, no Pará, para a Capital, situação que o coloca como provável indicado para interromper a hegemonia de duas décadas do PSDB no comando do Estado mais rico do País.

“Quando ele transfere o título (eleitoral) é inegável que ele coloca seu nome à disposição do partido. Seria hipocrisia negar isso. Vamos dialogar sobre a possibilidade efetiva do nome dele”, disse o presidente estadual do PT, Edinho Silva.

O dirigente petista voltou a descartar a possibilidade de candidatura do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, apesar de alguns petistas ainda defenderem o nome do ex-sindicalista.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará dos encontros para dar seu parecer sobre o candidato. Apesar de simpatizar com o nome de Padilha, Lula ainda não estaria totalmente convencido do potencial eleitoral do ministro.

“O Lula não vota porque não faz parte de nenhuma instância (do PT) hoje, mas é claro que a opinião dele e da (presidente) Dilma (Rousseff) tem peso, pois trata-se de um ministro do seu governo”, afiançou Edinho.

Desde que os caciques petistas começaram a discutir quem disputaria o governo do Estado em 2014, integrantes do alto escalão da gestão Dilma foram ventilados para a disputa eleitoral.

O titular da Pasta da Educação, Aloizio Mercadante, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foram cotados, mas se afastaram das conversas, alegando dar prioridade ao Palácio do Planalto.

A vitória de Fernando Haddad – que também integrou o governo Dilma – na eleição para prefeito da Capital é usada pelos petistas como exemplo para impedir a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).