Política Titulo Perdeu mais um
PP rompe com Grana e
aposta em Salles ao Paço

Saída do PSDC da coligação em Sto.André gera indisposição;
é 3ª dissidência de outras candidaturas em menos de dez dias

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
05/07/2012 | 07:43
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Após ratificar apoio do PR às vésperas do registro eleitoral, a candidatura do PT ao Paço de Santo André, encabeçada pelo deputado estadual Carlos Grana, deixou escapar a adesão de outro partido ao arco de alianças oposicionista: o PP. Assim, os progressistas definiram ontem apoio ao projeto do prefeiturável Raimundo Salles (PDT). Essa é a terceira dissidência de outras candidaturas em menos de dez dias a encampar na raia pedetista, que hoje conta com oito siglas.

A saída do PP ocorreu pelo afastamento do PSDC da órbita do PT, que era presidido no âmbito local pela médica Ana Glória Silva, mulher do dirigente municipal do PP, Léo Kahn. O PT acertou que a coligação proporcional seria realizada entre PSDC e PP. Em vista disso, o desligamento do PSDC inviabilizou a parceria partidária para eleger candidatos a uma cadeira na Câmara.

A conversa seguiu na municipal, segundo Kahn, para tratar sobre a possibilidade de coligação com outra legenda, porém, sem consenso. Diante da desarmonia, Kahn considera que o PP se viu numa situação de chapa pura, caso ficasse com o PT. "Foi estudado nos últimos 15 dias a chance de entrarmos junto com PRP (sigla da vice Oswana Famelli, que fechou com o PR). Ficamos na espera até esta semana. Sair com chapa pura na proporcional dificultaria muito para elegermos vereador", disse, acrescentando que a indicação da vice de Grana não foi discutida com os aliados.

O presidente do PT local, Luiz Turco, lamentou a perda, citando, no entanto, que não dava para desmontar todo o esquema de coligações proporcionais preparado para a campanha. "A maluquice do PSDC atrapalhou a formação da aliança que já estava construída com o PP. Se mexesse em um lado, iria estourar em outro partido. Por isso, apesar dos esforços, não podíamos comprometer o acordo definido com as demais siglas."

Kahn afirma que houve entendimento com a cúpula petista de que o PP tinha condições de procurar novos quadros, ficando livre do acordo. "A comissão provisória do PP achou por bem apoiar o Salles por considerar que ele representa o novo nesse cenário para Santo André." Com o apoio ao pedetista, os progressistas formarão chapa com o PSC.

O candidato pedetista garantiu ao PP a coordenação do programa de governo na área de Saúde, com ajuda do PSDB. "Vejo com grata surpresa (o apoio). Por conta disso, eles não representarão somente uma nova adesão. Vamos dar toda a estrutura, além de adiantar que farão parte da gestão de modo efetivo, no primeiro escalão", disse Salles.




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