A prisão do empilhador William Rodrigues da Silva, 25 anos, no domingo, acusado de desacato a policiais militares e posse de drogas, motivou moradores da favela do Buraco Quente a atearem fogo em um Chevette branco como forma de protesto por volta das 17h30 em plena Avenida Castelo Branco, bairro Alves Dias, em São Bernardo. A via ficou interditada por cerca de 30 minutos e os bombeiros foram acionados.

Segundo os moradores, no domingo era realizado churrasco por volta das 16h na entrada da favela para comemorar um aniversário e a vitória do time de futebol do bairro quando a Polícia Militar foi chamada por alguns vizinhos insatisfeitos com o alto volume da música.

O Gol preto responsável pelo som pertencia a Silva. Alcoolizado, ele tentou argumentar sobre a apreensão do veículo. Foi quando a confusão começou. A Polícia Militar alega que sofreu retaliações e por isso precisou reagir. Além disso, pequena quantidade de droga foi encontrada durante a revista.

Francisca da Silva, 49, mãe do empilhador, diz que o filho nunca mexeu com entorpecentes e que procurará a Corregedoria da Polícia Militar. Os próprios vizinhos de bairro endossam o discurso. "Não há pancadão aqui. Era uma comemoração. Pediram e o volume foi baixado", disse uma moradora.