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Música erudita nacional terá novo selo fonográfico
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10/12/2004 | 09:03
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Reaberta recentemente para o público, a Discoteca Oneyda Alvarenga, do Centro Cultural São Paulo, receberá R$ 500 mil da Petrobras para outro projeto importante: criação de um selo fonográfico e de uma linha de edição de partituras para registro da obra de compositores brasileiros contemporâneos de música erudita. "Agora é o acerto de contas com o presente e a projeção para o futuro", exemplifica Francisco Coelho, pesquisador de música do CCSP e responsável pela discoteca.

O projeto será desenvolvido durante 2005 e terá como foco, na primeira etapa, cinco autores em atividade: Gilberto Mendes, Almeida Prado, Edino Krieger, Rodolfo Coelho de Souza e Edmundo Villani-Côrtes. Se o projeto vingar, outros cinco serão contemplados na segunda fase, e assim por diante. O critério de escolha dos cinco primeiros foi a diversidade entre o estilo e a origem, além da importância dos autores. É a segunda parceria da discoteca com a Petrobras, que investiu outros R$ 500 mil na reforma do espaço e na recuperação de acervo.

A proposta é lançar CDs e disponibilizar partituras de obras inéditas, sobre as quais as gravadoras comerciais dificilmente teriam interesse. Tanto os CDs como as partituras sairão com tiragem de 2 mil exemplares cada. O projeto prevê ainda o levantamento completo das obras desses e de outros autores contemporâneos (total de 200) para a edição de um catálogo.

Desse material serão selecionadas 20 partituras mais representativas de cada um, que passarão a integrar a coleção da discoteca e estarão disponíveis para consulta do público, além de servir de guia para programadores de concertos. Isso em âmbito nacional e internacional, uma vez que os livros terão edições bilíngües, em português e inglês. "Na área de música erudita o Brasil praticamente não existe no exterior. Esse projeto também vem para provar que existe", afirma Francisco Coelho.




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