Enfim o Espaço Cerâmica, empreendimento de 300 mil m² em São Caetano que já é esperado há uma década, está com as obras em andamento. Operários contratados pela Sobloco - que é responsável pelo loteamento e urbanização do terreno onde funcionava a Cerâmica São Caetano - devem entregar em junho a primeira parte da construção.

Ao todo, o empreendimento deve consumir R$ 1 bilhão em investimentos de várias empresas na próxima década. A estimativa é do diretor da Sobloco, Luiz Augusto Pereira de Almeida, que calcula que devem ser criados 20 mil postos de trabalho no local.

Até agora, só a Sobloco já colocou R$ 15 milhões no projeto e, ao todo, espera investir pelo menos R$ 25 milhões. Essa verba vai para a estruturação do terreno, que deve ser concluída até maio de 2009. Isso inclui a instalação subterrânea de encanamento de água e esgoto, serviço elétrico e telefônico e gás encanado, além da construção e pavimentação das ruas.

Em junho, todo esse trabalho será completo nos quarteirões residenciais, perto das ruas Major Carlos Del Prete e Engenheiro Armando de Arruda Pereira. Segundo um dos engenheiros da obra, Luis Carlos Pereira Costa, essa parte é a mais complicada, porque os lotes são menores e são muitas ramificações de gás, energia e telefonia para serem feitos.

Mas que está sendo construído, está, conforme observou o Diário em visita ao canteiro de obras. O terreno todo já foi quase totalmente aterrado; falta apenas uma faixa perto da Avenida Guido Aliberti. Segundo o diretor da Sobloco, foram colocados 550 mil m³ de terra (que vem das obras de expansão do Metrô, na Capital), o suficiente para fazer uma montanha de 22 andares com a largura do Estádio do Pacaembu.

Segundo Almeida, enquanto esse trabalho de infra-estrutura é feito, as comercializações são promovidas paralelamente pela Aparecido Viana Imóveis.

O próprio Viana adianta que algumas empresas já demonstraram interesse no local. Conforme a Sobloco for entregando os lotes, as comercializações dos espaços serão fechadas. O empresário diz que o que deve demorar mais são os lotes residenciais unifamiliares (ou seja, as casas). Já os plurifamiliares (prédios de apartamentos) e o setor comercial e de serviços já estão "avançados" nas negociações.