Na XXX Assembléia Geral da OEA, reunida em Windsor, no Canadá, o secretário-geral se queixou de que há cotas atrasadas no valor de US$ 60 milhoes, equivalentes a quase um ano de orçamento.

Em 1996, os países membros da OEA eliminaram o ajuste anual das cotas para compensar a inflaçao, o que significou uma reduçao de 15% na arrecadaçao. Ao mesmo tempo, multiplicaram-se os encargos: atualmente, a OEA tem seis missoes de observaçao eleitoral, ``e para cada uma delas tivemos que sair em busca de doaçoes', disse Gaviria.

O secretário-geral lembrou que as cotas dos seis maiores países representam 95% da arrecadaçao, enquanto os demais 28 membros respondem pelos 5% restantes. Os Estados Unidos contribuem com 60% do orçamento, e Washington contribui generosamente para os fundos voluntários de programas específicos, como as missoes de observaçao eleitoral, que também recebem doaçoes de países observadores de fora do continente.

Segundo um documento interno da OEA, o atraso dos Estados Unidos chega a US$ 36 milhoes, o do Brasil a US$ 24 milhoes e o da Argentina a US$ 5,3 milhoes. O secretário-geral exigiu que os países em atraso apresentem um plano de pagamentos realista, para que a OEA possa se organizar, e que se reverta a decisao de 1996 para que as cotas sejam ajustadas automaticamente pelos índices de inflaçao.

Gaviria diz que este último pedido é particularmente importante porque desde 1994 a OEA aprovou o sistema de salários da Naçoes Unidas, que automaticamente ajusta os salários aos índices de inflaçao. ``Pelo caminho que vamos, corremos o risco de cair em insolvência', disse o secretário-geral, antes de pedir aos países membros, particularmente os maiores, a assumirem, ``com maior responsabilidade o cumprimento de seus compromissos'.