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Júlio César defende dois, mas Fla perde a Mercosul nos pênaltis
Por Do Diário OnLine
25/01/2002 | 01:30
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A competência do goleiro Júlio César em decisões de pênaltis não foi suficiente para o Flamengo conquistar a Copa Mercosul-2001. Depois do empate em 1 a 1 no tempo normal, na madrugada desta sexta-feira, no estádio Nuevo Gasómetro (Buenos Aires), o San Lorenzo venceu o Fla por 4 a 3 na decisão por penais e faturou o campeonato. Junto com o Flamengo caiu a hegemonia brasileira no torneio. Palmeiras (98), Flamengo (99) e Vasco (2000) ganharam as edições anteriores.

A final deveria ter ocorrido em 19 de dezembro, mas o caos social que tomou conta da Argentina e causou a queda do presidente Fernando de la Rúa atrasou a decisão da última edição da Copa Mercosul em mais de um mês. No primeiro jogo da decisão, em 12 de dezembro, no Maracanã, os dois times empataram sem gols.

Muito além do título, os argentinos ganharam US$ 3 milhões em prêmio pela conquista. Um refresco e tanto diante da mais profunda crise econômica da história argentina, que inclui dinheiro confiscado em bancos e dólares depositados que só deverão voltar aos correntistas em pesos. O Flamengo, que contava com a quantia para colocar as contas em dia, terá de se contentar com um terço do prêmio como consolação pelo vice (R$ 1 milhão).

Jogo - O Flamengo começou melhor o primeiro tempo e saiu com inteligência para o ataque, segurando a ofensiva do time argentino. A primeira boa oportunidade saiu dos pés de Leandro Machado, que colocou Roma em posição duvidosa na entrada da área para ele finalizar à esquerda da meta de Saja. O gol flamenguista saiu quatro minutos depois, aos 10.

O lateral Cássio recebeu na esquerda e cruzou para a área. Rocha recebeu pressionado pelos zagueiros e levantou para o outro lado. A bola encontrou Leandro Machado livre, que tocou de cabeça surpreendendo o goleiro Saja. O empate quase saiu aos 16, quando Serrizuela acertou a trave de Júlio César em cobrança de falta na meia-lua.

No segundo tempo, os argentinos apertaram o cerco e pressionaram mais o Flamengo, que teve poucas oportunidades para responder. O empate do San Lorenzo saiu aos 22, em uma falha do goleiro flamenguista. Erviti levou a zaga rubro-negra e invadiu a área pela esquerda, cruzando rasteiro para o meio. Júlio César rebateu a bola nos pés de Estevez, que completou para o gol vazio.

Em ritmo mais lento, o San Lorenzo continuou a pressionar o Flamengo em busca do gol do título, mas não obteve sucesso. Cansado e quase sem articular jogadas no ataque, o Flamengo se fechou atrás e esperou as cobranças de pênaltis, confiando no goleiro Júlio César e na eficiência de batedores como Petkovic.

Júlio César, herói das decisões de pênaltis, fez a parte dele. Pegou as cobranças de Acosta e Serrizuela (primeira e segunda, respectivamente). Mas Juan (1º), Cássio (4º) e Roma (6º), no primeiro tiro da série alternada, erraram as cobranças e deram o título ao San Lorenzo.

Capria, o último cobrador do jogo (o primeiro das alternadas para o San Lorenzo), quase foi impedido de chutar. Quando Saja defendeu o chute de Roma, a torcida argentina saltou os alambrados e invadiu o gramado. A cobrança só pôde sair quase dez minutos depois, quando policiais e jogadores contiveram precariamente os ânimos da galera.

Depois do gol de Capria, a torcida tomou conta do gramado e arrancou os uniformes de diversos jogadores. Os argentinos comemoraram a Mercosul nos ombros da torcida, todos de sunga.




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