Um dia depois do fim da rebelião na Penitenciária de Viana, no Espírito Santo, o governo estadual transferiu nesta terça-feira os cinco presos mais perigosos do Estado para Minas Gerais.

Sob forte esquema de segurança, os traficantes Fernandes de Oliveira Reis, o Fernando Cabeção, e Antônio Marins, o Toninho Pavão, e os assaltantes de banco Erasmo Sérgio Alves, Cléber Nunes de Oliveira, o Doutorzinho, e Gilmar Luiz Lima foram levados num avião da Força Aérea Brasileira à Penitenciária de Francisco de Sá. Em maio, eles haviam sido transferidos para a carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Vila Velha. A medida foi o principal motivo dos motins em três presídios do Estado, que deixaram quatro mortos - um decapitado.

Os amotinados reivindicavam a volta dos bandidos a Viana mas decidiram se render após a negociação intermediada pelo padre Xavier Paolillo, coordenador da Pastoral Carcerária, com a ajuda da ativista Isabel Silva. O secretário de Justiça do Espírito Santo, Ângelo Roncalli, admitiu nesta terça-feira que o governo chegou a negociar a volta dos criminosos para preservar os reféns, mas recuou depois que os presos romperam um acordo no sábado e houve incêndios em ônibus. Para ele, o reforço do policiamento com a Força Nacional impedirá novas rebeliões ou atentados no Estado.

Os 700 detentos da Penitenciária de Viana também foram transferidos: para a Casa de Custódia da cidade enquanto a Força Nacional iniciava o trabalho de revista.