Muitas pessoas - para não generalizar - diriam que ele não tinha chance de ser jogador de futebol. Ele próprio, aos 21 anos, talvez já não tinha essa ambição, tanto que trabalhava como coordenador da modalidade na prefeitura de Rio Preto, em Minas Gerais. O que Vanderlei não esperava é que por acaso do destino fosse descoberto e, mesmo que tardiamente, se tornasse atleta profissional.

Atualmente com 23 anos, o atacante foi apresentado ontem como o quinto reforço do Santo André para o Brasileiro da Série C. A curiosa história é narrada pelo personagem, que se diverte ao lembrar como iniciou a carreira.

"Eu era coordenador de futebol da prefeitura de Rio Preto e vieram olheiros do Rio de Janeiro para ver os garotos. Eu trabalhava com jovens de 10, 11 anos, em diante. Nesses testes sempre falta um ou outro atleta e entrei para completar o time. Eles gostaram de mim e convidaram para fazer um teste. Deu certo", relembrou Vanderlei, com largo sorriso de satisfação.

O tal teste o colocou no Profute, clube da Segunda Divisão carioca. A partir daí, passou por Ivinhema-MS - no qual trabalhou com o técnico Rotta, ex-Santo André, Juventus e, por fim, Paulista, que o cedeu ao Ramalhão até o fim da temporada.

Vanderlei destacou suuas qualidades. "Sou um atacante veloz, me movimento muito pelas beiradas e até ajudo na marcação. Dificilmente vão me ver parado em campo", afirmou ele, na primeira oportunidade em campeonatos nacionais. "Essa Série C não será um desafio apenas para o Santo André, mas também para mim. Espero fazer bom trabalho e subir", concluiu.