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Analistas de mercado diminuem expectativa para inflação e PIB
Das Agências
29/08/2006 | 14:43
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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que serve de parâmetro para a trajetória de metas oficiais, deve encerrar 2006 em torno de 3,68%, de acordo com expectativas de uma centena de analistas de mercado consultados pelo Banco Central na última sexta-feira.

É o que mostra o boletim Focus divulgado nesta terça-feira, com a tabulação da pesquisa, e que indica redução da inflação em relação à semana passada, quando a mesma pesquisa previa IPCA de 3,73%. A redução é resultado das menores projeções de inflação para este mês, de 0,30% para 0,24%, e para setembro, com queda de 0,33% para 0,30%. Em compensação, o IPCA projetado para os próximos 12 meses aumentou de 4,48% para 4,51%.

O Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo (USP) também aponta redução de 2,26%, na semana passada, para 2,20%. Vale salientar, porém, que se refere ao comportamento de preços apenas na capital paulista.

O boletim Focus mantém a projeção de 4,5% para os preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, transporte urbano, água, saneamento, medicamentos, educação e outros), em linha com a meta de inflação definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

A pesquisa do BC aumenta a projeção de saldo da balança comercial (exportações menos importações) do ano, que era de US$ 41,20 bilhões na semana passada, e agora foi elevada para US$ 42 bilhões. Também aumenta de US$ 35,66 bilhões para US$ 36 bilhões a expectativa de saldo comercial de 2007, com possibilidade de elevar, ainda, o saldo de conta corrente, que envolve todas as transações comerciais e financeiras com o exterior.

A nota negativa da pesquisa do BC se refere à redução das expectativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) – soma das riquezas produzidas no país. O boletim Focus reduz a projeção de 3,53% para 3,50%, em decorrência da redução também do crescimento da produção industrial, que era de 4% na pesquisa anterior e caiu para 3,97%.

São cenários de um mercado no qual a cotação do dólar norte-americano não ultrapasse R$ 2,20 no final deste ano, nem R$ 2,30 em dezembro de 2007; e que prevê taxa básica de juros (Selic) caindo dos atuais 14,75% ao ano para 14,5% na reunião que o Copom (Comitê de Política Monetária) realizará na próxima quarta e quinta-feira, com possibilidade de descer para 14% até o fim do ano.




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