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FMI prevê crise mais grave
17/01/2008 | 07:01
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A crise das hipotecas de segunda linha dos Estados Unidos (subprime) deve criar problemas mais sérios do que se previu até agora. A razão é que nem todos os agentes do mercado foram transparentes quanto às suas perdas, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Nesta quarta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 1,89%, em 58.777 pontos, entre a máxima de 0% e a mínima de -3,05%, com volume de R$ 7,290 bilhões. No ano, o Ibovespa acumula queda de 8%.

Contrato de Ibovespa futuro para fevereiro, em queda de 2,08%, em 58.850 pontos, entre a máxima de 60.100 pontos e mínima de 58.350 pontos. Global 40 a 135,800 centavos de dólar (alta de 0,22%).

"Algumas análises com base em suposições conservadoras sugerem que as perdas podem ser maiores e injeções adicionais de capital são prováveis", escreveram os economistas Manmohan Singh e Mustafa Saiyid em um relatório do FMI. "Muitos bancos nos EUA ainda não marcaram seus ativos para preços reais."

"Alguns agentes do mercado foram transparentes, como alguns fundos hedge dos EUA, que anularam o valor de todos os papéis emitidos por seus veículos estruturados", diz o relatório.

A turbulência nos mercados globais, iniciada em 2007, em meio ao aumento da inadimplência nas hipotecas dos EUA foi, em parte, resultado da falta de medidas apropriadas para avaliar o risco de novos produtos financeiros.

As hipotecas subprime - empréstimo imobiliário concedido a pessoas com pobre histórico de crédito - foram empacotadas em ativos estruturados, como obrigações de dívida colateralizada, os CDOs.

Colapso - Na seqüência do colapso do mercado, em meados de 2007, a preocupação com a exposição dos ativos estruturados à crise provocou o congelamento do crédito, que fez muitos participantes do mercado usarem modelos de avaliação que não mais funcionavam na situação de colapso, segundo o relatório.

Os recentes movimentos das instituições financeiras em todo o mundo para trazer os ativos estruturados excluídos, como os CDOs, para o balanço geral não foram "transferências de preços" explícitas e, portanto, "podem não refletir totalmente as perdas potenciais".



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