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Empresas do Grande ABC têm maior resistência
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
03/12/2008 | 07:00
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Enquanto o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anuncia crescimento no número de empresas encerradas entre 2000 e 2006, o Grande ABC mostra motivos para comemoração. A região teve forte desempenho no período e mostrou-se mais resistente que a média nacional.

"Temos algumas especificidades na região que permitem que o Grande ABC não tenha o mesmo comportamento econômico que o resto do País."A afirmação é do sociólogo do Observatório Econômico, Paulo Henrique da Silva, que lembra a importância da atividade industrial na região. "Enquanto 2006 foi um ano muito fraco para o Brasil, no Grande ABC não tivemos desaceleração na criação de novas empresas. No período, mantivemos a taxa de crescimento na quantidade de empreendimentos em 4% ao ano."

A diferença se justifica pela complexidade da economia local. A forte presença de indústrias vem ganhando o apoio dos setores comerciais e de serviços. "A base da economia aqui é de indústria, mas o crescimento do setor eleva a renda do trabalhador e com isso força o crescimento do comércio, uma vez que aumenta o consumo", explica o sociólogo. Conforme levantamento do Observatório Econômico, o setor de comércio foi responsável por 47% das aberturas de novas empresas entre 2001 e 2006. "É muito mais fácil o comércio crescer onde há indústrias."

O setor de serviços também é beneficiado pela base industrial da região. Silva afirma que a mudança de conceitos no mercado. "Percebemos um setor muito mais aglutinador. As montadoras por exemplo, reúnem as indústrias de autopeças e prestadoras de serviço em torno e uma única cadeia", afirma.

NACIONAL - No cenário nacional, o levantamento do IBGE não mostra tanto otimismo do mercado. Entre 2000 e 2006, houve alta de 60,45% no número de empresas fechadas enquanto a quantidade de novas companhias abertas só aumentou 11,15%.

Mais de 90% das empresas que encerraram suas atividades era de micro empresas, ou seja com até nove funcionários. Cerca de 40,6% eram novas, com até cinco anos de funcionamento.




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