No entanto, continua suspensa a compra da carne dos demais Estados brasileiros. Os russos entendem que o fornecimento catarinense tem mais garantias, já que o Estado é considerado livre da febre aftosa, com controles tão rígidos que dispensam a necessidade de vacinação preventiva do gado – nas demais regiões produtoras do país o controle ainda exige campanhas de imunização.
A normalização das exportações para a Rússia dependerá do trabalho de uma comissão de veterinários brasileiros e russos, que há três meses avaliam a situação fitossanitária no Brasil. A expectativa é de uma resolução favorável ao Brasil ainda nos próximos dias, informou o empresário Pratini de Moraes, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) nesta terça-feira.
Segundo a Agência Brasil, a mesma estimativa foi feita pelo presidente do Comitê para o Fomento de Negócios Rússia-Brasil, Ara Abramian. Os dois anunciaram, nesta terça, a criação de um conselho empresarial Brasil-Rússia. A abertura desse conselho antecede a visita do presidente russo, Vladimir Putin, prevista para o dia 21.
Três especialistas russos estão no Brasil atuando em conjunto para tentar chegar, nos próximos dias, a um acordo que permita a suspensão do embargo russo às carnes exportadas pelo Brasil. Até setembro, o Brasil exportou para a Rússia US$ 1,160 bilhão e importou US$ 575 milhões. Do total vendido, 90% foram embarques de carne e o restante, principalmente açúcar, café e tabaco.
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