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Fiat pode suspender investimento de R$ 1,3 bilhão em Minas
Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
05/10/2005 | 08:51
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A Fiat ameaça suspender um investimento de R$ 1,3 bilhão na fábrica de Betim (MG) em razão da decisão de três estados brasileiros de bloquear o pagamento dos créditos às exportadoras beneficiadas com a isenção do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). O repasse está previsto na Lei Kandir, mas o Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) manifestou-se contrária à medida.

A suspensão do repasse está prevista em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Pará. A medida foi anunciada segunda-feira, depois de uma reunião dos governadores desses estados com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

Eles pressionam o governo federal a liberar os pagamentos previstos como compensação às perdas geradas pela lei, na ordem de R$ 900 milhões por ano. O ministro pediu um prazo de 15 dias para estudar uma solução.

A Fiat informou terça-feira que terá uma perda de R$ 100 milhões se essa represália se concretizar por conta do impasse com o governo federal. Os investimentos foram anunciados em Turim, na Itália, em abril, e são válidos para o período entre 2005 e 2007. Com o problema, a empresa prometeu rever esse cronograma, podendo até mesmo adiar o investimento.

O mesmo problema poderá ser enfrentado por montadoras sediadas no Grande ABC, comprometendo o desenvolvimento de projetos. Uma delas é a Ford, que tem direito a R$ 347,9 milhões em créditos, que seriam investidos na ampliação da capacidade produtiva da fábrica de motores de Taubaté e na unidade de São Bernardo.

Outra é a DaimlerChrysler (dona da marca Mercedes-Benz). A empresa tinha a pretensão de aplicar um total de R$ 520 milhões em créditos na modernização e ampliação da fábrica da caminhão e ônibus em São Bernardo. A General Motors, por sua vez, tem projetos para São Caetano e São José dos Campos ainda em planejamento. A companhia tem direito a créditos de R$ 550 milhões.




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