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Procedimentos de laqueadura e vasectomia caem 6,3% na região
Por Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
20/05/2008 | 07:01
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Enquanto o Estado anuncia aumento de 11,5% no número de laqueaduras e vasectomias, a região registra queda de 6,3%. Ano passado, a rede pública de Saúde do Grande ABC realizou 3.688 procedimentos, contra 3.937 computados em 2006. O levantamento leva em conta apenas os dados do SUS (Sistema Único de Saúde).

Os números mais baixos não representam perda, pelo contrário. De acordo com a Secretaria de Saúde, este pode ser um indício de que os programas de planejamento familiar estão obtendo bons resultados na região. O governo considera a opção (masculina ou feminina) como a última entre todas as possibilidades para impedir a gravidez.

O superintendente do Hospital Estadual Mário Covas, Geraldo Reple Sobrinho, acredita que o morador da região tem à sua disposição todos os métodos anticoncepcionais de maneira gratuita. "As pessoas são orientadas nos postos de Saúde. O acesso a camisinhas e pílulas, por exemplo, é amplo. O resultado é o planejamento familiar eficaz, que não inclui vasectomia ou laqueadura", diz.

A legislação brasileira garante ambos os procedimentos como um direito do cidadão, mediante regras a serem cumpridas. Apenas pessoas com mais de 25 anos podem pedir autorização, depois de ter, pelo menos, dois filhos naturais. Os processos podem ser revertidos, mas as chances de sucesso não passam de 15%.

A consciência na escolha é outra justificativa para a queda dos números no Grande ABC. "E isso não vale apenas para as classes sociais mais altas. Nossa região é ímpar nesse sentido. Todos são orientados e têm direito ao procedimento, não apenas os mais ricos. Os resultados podem ser notados quando se analisa as taxas de natalidade. Elas também mostram que a educação familiar está crescendo", completa Sobrinho.

DIFICULDADE
A quantidade de vasectomias é maior na região. Em 2007, foram 1.983 casos. O total de laqueaduras ficou em 1.705. Os níveis de dificuldade de ambos podem explicar as diferenças. Os homens que optam pela vasectomia podem ser submetidos ao procedimento em laboratório. As mulheres que resolvem fazer laqueadura devem ser internadas e receber anestesia.
A rede privada de saúde também é obrigada a oferecer o procedimento. A regra vale desde abril. Ano que vem será possível novo comparativo, entre pagantes.




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