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Semáforo quebrado provoca acidente em Sto.André
Por Bruno Ribeiro
Especial para o Diário
20/08/2005 | 07:31
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Um semáforo quebrado em cruzamento no Centro de Santo André causou um acidente com dois ônibus às 5h30 de sexta-feira. Cinco pessoas tiveram ferimentos leves. Comerciantes das redondezas dizem que o semáforo na esquina das ruas General Glicério e Luís Pinto Flaquer está queimado há cinco dias.

Os comerciantes dizem que o trânsito na região central está mais perigoso desde que a Prefeitura iniciou as inversões de pistas, em julho de 2003. A última intervenção foi na rua Campos Salles, no mês passado. Dizem que a rua General Glicério, especialmente, ficou mais perigosa por ter aumentado o tráfego de ônibus e caminhões.

"Durante à noite, os motoristas não respeitam a sinalização em nenhuma das duas vias que se cruzam. Na semana passada, aconteceu um atropelamento aqui no cruzamento, e houve uma vítima. Os acidentes são constantes", diz Gilberto Valim, proprietário de um colégio na General Glicério há 20 anos.

Em frente ao colégio, funciona uma clínica médica, que ocupa três prédios da rua. "Os pacientes agora correm risco ao atravessar a rua com crianças para ir à pediatria. Além disso, o barulho também aumentou muito com a vinda dos ônibus e dos caminhões", diz a encarregada Marlei Pafundi.

Os comerciantes dizem que a alteração na mão de direção prejudicou o movimento nas lojas. O proprietário de uma loja de móveis entre as ruas Luís Pinto Flaquer e Brás Cubas diz que amarga uma queda média de 20% nas vendas desde a mudança. "As pessoas que vinham do bairro subiam a rua Brás Cubas para chegar até o calçadão. Agora, descem lá no calçadão. Não passam mais por aqui", lamenta.

Djalma Florêncio de Lima, diretor da SOL (Sociedade Oliveira Lima), associação de comerciantes locais, é categórico: "Esse pedaço todo do Centro, entre a rua Siqueira Campos e a rua Brás Cubas, ficou morto. Até a praça está às moscas." Ele diz que a solução para a questão é a mudança do ponto de ônibus de lugar, para a esquina da Brás Cubas. "Tentamos há meses uma audiência com técnicos da Prefeitura."

A Prefeitura diz que não recebeu queixa a respeito das mudanças. Segundo a administração, a SOL e a Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) teriam manifestado apoio às mudanças.

Sobre os acidentes, a Prefeitura afirma que estuda a possibilidade de colocar um radar que indica avanço do semáforo vermelho, a fim de diminuir os acidentes. Especificamente sobre o semáforo queimado da rua General Glicério, a Prefeitura diz que o outro farol da via, à esquerda do motorista, funcionava perfeitamente, e que a visibilidade é normal. No entanto, há uma placa de trânsito e uma obra que impede a visão do semáforo. A obra está repleta de tapumes.




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