Ainda não há previsão de quando será realizada a demolição do prédio da TAM Express, na Zona Sul de São Paulo, local onde ocorreu o acidente com o avião da mesma empresa, no dia 17 deste mês. De acordo com o comandante da Defesa Civil do município de São Paulo, coronel Jair Paca de Lima, ainda faltam documentos de alguns órgãos que estão investigando o acidente.

“Tão logo a proprietária do imóvel disponha de toda a documentação, esta deverá ser encaminhada à Subprefeitura de Santo Amaro e aí, sim, quando houver todas essas autorizações, nós faremos esse trabalho junto à população do entorno para a implosão”, afirmou Lima.

No fim da tarde de sábado, quando se encerraram os trabalhos de peritos na busca de vestígios de corpos e destroços do avião, o prédio foi devolvido à TAM para que a empresa decidisse sobre o destino do imóvel.

Em comunicado, a companhia afirmou que só vai intervir no imóvel quando tiver todas as autorizações e liberações emitidas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Federal, Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), Comando da Aeronáutica e prefeitura de São Paulo. “A TAM acatará as orientações e determinações dos órgãos citados”, diz a nota.

De acordo com o coronel Lima, a estrutura do prédio foi completamente afetada pelo choque com o Airbus A320. Ele disse que o prédio poderá entrar em colapso a qualquer momento. "A estrutura está totalmente afetada”, afirmou o coronel, ressaltando que a demolição do prédio não vai prejudicar os trabalhos de buscas de corpos.

“Os órgãos encarregados já fizeram toda a pesquisa. Nós entramos lá, agora há pouco [no início da tarde deste domingo] e verificamos que foi tudo pesquisado, revirado, revistado, peneirado. Acreditamos que é impossível naquele espaço ali existir ainda alguma coisa que possa identificar alguma vítima”, acrescentou Lima.

Ele disse que já está tudo preparado para a demolição, que aguarda somente a autorização final da prefeitura. “O trabalho de demolição já está previamente planejado. Já fizemos um planejamento com a empresa que fará a demolição sobre a área que poderia ser atingida, a população que tem que ser avisada, o trânsito, o aeroporto”, concluiu.