Luís Fabiano chegou ao São Paulo em março, contratado junto ao Sevilla, da Espanha. Após longa espera, por causa da lesão que o obrigou a passar por duas cirurgias, ele finalmente fará a reestreia com a camisa são-paulina amanhã, contra o Flamengo, no Morumbi.

Com o período que ficou impedido de atuar, o atacante admitiu ontem que chegou a ter dúvida sobre o retorno. "O tempo passava e não conseguia voltar a treinar normalmente. Cheguei a ter dúvida sobre o retorno, mas nunca desanimei. Acho que por isso estou aqui. Se tivesse desanimado, teria largado tudo. Mas tive muita gente do meu lado que me deu força", declarou Luís Fabiano, ontem, após treinar com os companheiros no Morumbi.

Para a reestreia do Fabuloso, a expectativa é de Morumbi lotado, com mais de 60 mil são-paulinos que esperam rever o ídolo com a camisa do clube pela primeira vez desde 2004, quando ele foi para o futebol europeu. Apesar disso, o atacante sabe que, assim que a bola rolar, a torcida esquecerá a festa e vai querer ver a vitória sobre o Flamengo, decisiva para o time no Brasileiro.

"O torcedor ama o São Paulo, e sou apenas incentivo para a massa. Mas, assim que começar o jogo, esquecemos a festa. A partir do momento que entrar em campo, estarei assumindo toda a responsabilidade porque, por mais que o torcedor seja consciente, não quer saber da minha condição", apontou o atacante.

Ontem, o jogador voltou a pisar no Morumbi durante o treino da equipe. Em seu "quintal", como ele próprio definiu, trabalhou normalmente por quase uma hora e meia com o grupo. Ao término da atividade, ainda permaneceu mais tempo em campo treinando finalizações, o que comprovou que ele está realmente pronto para a reestreia.

"Falei pra todo mundo que aqui é meu jardim, meu quintal e que aqui me sinto muito bem. Espero estar bem no domingo (amanhã) e estando bem conheço os caminhos e os atalhos para o gol", garantiu Luís Fabiano.

Com a proximidade do retorno ao futebol, o jogador aproveitou para relembrar dos momentos em que esteve afastado e revelou que chegou a ficar depressivo.

"Chorei dia sim, dia não. Quando se está machucado, você fica meio depressivo. Às vezes estava vendo TV e chorava. Minha filha falava que me amava, eu chorava. Queria ajudar os companheiros e não podia. Dava tristeza muito grande de não poder atuar", contou o atacante.