Artigo

Crises são positivas, porque são o obstáculo que nos leva a experimentar soluções novas. Com mais de 40 anos de vivência empresarial, me deparo, juntamente com milhões de empresários brasileiros, com nova crise econômica internacional. Ou seria justamente outra chance de ousar?

Duas notícias nos animam a crer que sim, nós podemos (ousar). A presidente Dilma anunciou o aumento de 50% do teto para o enquadramento no Supersimples, ampliando o faturamento anual máximo das micro e pequenas empresas para R$ 3,6 milhões. O reajuste para o empreendedor individual fez o teto saltar para R$ 60 mil/ano. Outra mudança foi a possibilidade de as MPEs parcelarem em até 60 meses as dívidas com o Fisco. Estima-se em 500 mil o número de pequenas empresas inadimplentes no País. As medidas acabam de ser sancionadas pela presidenta Dilma e começam a valer em janeiro.

Além da redução na carga tributária, as iniciativas aumentam a base de micro e pequenas que podem ser enquadradas e estimula os empresários a expandir seus negócios. Isso significa, para setor que emprega 60% da mão de obra da indústria, comprar e vender mais, gerar emprego e renda, ou seja, proteger o mercado interno, o enorme colchão social que garantiu ao Brasil passar pela crise de 2008 com arranhões, porém ‘vivo'.

A segunda notícia se refere à criação da secretaria voltada a pequenas empresas, anunciada pela presidente Dilma e enviada ao Congresso. Neste momento, em que o mundo está em crise, esses países querem ver seus produtos aqui. A nova secretaria chegará no momento oportuno, possibilitando a articulação de políticas públicas destinadas às pequenas diretamente na cúpula do governo federal. A política cambial é uma porta aberta aos importados de má qualidade. Sem contar os países que usam como artifício a desvalorização das moedas como medidas para colocar seus produtos aqui. O que é atraente e imbatível em termos de preço no produto importado, não raro esconde salários mensais de US$ 30 (cerca de R$ 50), trabalho escravo, agressões ao meio ambiente (ou falta de legislação ambiental), trabalho infantil, entre outras anomalias. É importante também aumentar a oferta e facilitar o acesso ao crédito para o setor produtivo e ampliar as desonerações tributárias para outros setores. Resumindo em poucas palavras: é essencial que as micro e pequenas tenham igualdade de condições competitivas.

Joseph Couri é presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo e da Associação Nacional dos Simpi.

PALAVRA DO LEITOR

Identificação

Fui ao Estádio Bruno José Daniel quinta-feira a fim de adquirir ingressos para o jogo do glorioso alvinegro santista contra o Atlético-GO, partida realizada no Pacaembu no mesmo dia. Após enfrentar pequena fila tentei comprar os ingressos, mas para minha surpresa foi me pedido o número do CPF das pessoas que iriam ao jogo e que me informaram que era lei estadual que passou a valer em outubro último. Resultado: ficamos sem ir ao jogo. Até concordo com a aplicação da lei em nome de identificar os baderneiros de plantão, mas pergunto: esse pedido também será efetivo aos cambistas, que sempre têm centenas de ingressos disponíveis? O órgão fiscalizador combinou com os cambistas antes de aplicar a lei? Não duvido de os cambistas terem à disposição relação de CPFs. Estamos na arquibancada (se deixarem), vigiando o cumprimento da lei.

Roberto Gomes da Silva

Santo André

Caos

Aposto no sucesso da restrição de circulação dos caminhões nos horários de pico, proposto pelo Mário Reali, líder do Consórcio Intermunicipal. Enviei e-mail duas vezes para a Secretaria de Transportes de São Bernardo e até o momento não obtive nenhuma resposta. Todos os dias no horário de pico são posicionados agentes de trânsito para controle de tráfego no cruzamento do acesso da Via Anchieta com avenidas Taboão e Doutor Rudge Ramos. O que acontece todos os dias é que os agentes de trânsito deixam a preferência do fluxo de carros para quem trafega pela Doutor Rudge Ramos, sendo que o maior volume de carros é sempre do acesso da Via Anchieta. Para agravar, o acesso é estreito e muito utilizado por carretas, o que faz o trânsito parar com frequência a faixa da direita da pista local da rodovia. Solicito que sejam analisadas essas pequenas melhorias que podemos fazer no trânsito caótico do Grande ABC, sem gastos, apenas com boa vontade.

Thiago Paes Mella, São Caetano

Sem saúde

São Bernardo quase nada faz pela população na área da Saúde. Hoje, a cidade tem quase 800 mil habitantes e é dona de um dos maiores parques industriais do Brasil. A arrecadação está entre as maiores do País, mesmo assim temos de pagar plano particular para ter um mínimo de atendimento. Há algum tempo, alguns políticos usaram a Santa Casa como palanque para angariar votos, dizendo que no local haveria bom atendimento. Mas recebo panfleto dizendo que as consultas terão valor mínimo de R$ 30, fora medicamentos, exames e materiais. Será que ninguém do município, do Estado ou do governo enxerga que é necessário ter atendimento gratuito aos munícipes? Não estão cumprindo a Constituição. Acho uma vergonha o que se oferece ao povo em matéria de Saúde pública. O dinheiro que pagamos para planos bem que poderia ser usado para melhorar nossa alimentação, lazer etc. Saúde é necessidade básica para todos os seres humanos. Sem saúde, não há vida.

Ivanir de Lima, São Bernardo

Dilma ou PDT?

A mídia noticia que a presidente Dilma Rousseff acha que compete ao PDT decidir se o Lupi fica ou sai do Ministério do Trabalho. Afinal, a Presidência é exercida por ela ou pelo PDT? Ela está terceirizando a Presidência?

Mário A. Dente, Capital

Balança

A cabeça do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acabou indo a leilão. Façam suas apostas, quem dá mais? Ele disse que só sairia a bala e daquelas bem grossas. Mentira dele! Para derrubar, precisa verificar a pontaria do atirador e principalmente o local onde a vítima será atingida. Já foram bastante tiros e ainda nada! Tem gente torcendo para cair. A presidente disse que quem manda é ela. Será?

Edson Rodrigues, Santo André

Aparências

A foto de Lula com Marisa Letícia posando de ‘barbeira' certamente foi orientada pelo marqueteiro João Santana, já que estava com a blusa do logotipo da campanha ‘Cancêr de Mama'. Logo ela, que continua fumando! Nota-se que o casal perdeu completamento o escrúpulo, não se portanto como todas as pessoas que, acometidas de câncer, se resguardam. E esses efeitos colaterais, como perda de cabelos, são tratados com muita discrição. Os efeitos colaterais judiam muito dos pacientes cancerosos, e não é esse aspecto saudável demonstrado por ele na foto.

Agnes Eckermann, Porto Feliz (SP)