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Petroquímica: distribuição perde fôlego
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
18/05/2006 | 08:32
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Após dois meses de forte desempenho, o setor de distribuição de produtos químicos e petroquímicos perdeu fôlego, ao apresentar em abril redução de 21,6% nas vendas na comparação com o mês anterior. Apesar da retração, o segmento ainda registra no acumulado do ano (janeiro a abril) variação positiva de 10,64% na comparação com igual período do ano passado.

Os números acabam de ser divulgados pelo departamento de Economia da Associquim/Sincoquim (Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Sindicato do Comércio Atacadista de Produtos Químicos e Petroquímicos no Estado de São Paulo). A principal explicação para a queda acentuada, segundo as duas entidades, foi o chamado efeito calendário, devido ao número elevado de feriados em abril. No mês, houve 18 dias úteis, contra 23 do mês anterior. "Foi a principal causa. O resultado não chega a ser alarmante", afirma o presidente da Associquim e do Sincoquim, Rubens Medrano.

No entanto, além dos feriados, também se percebem sinais de ligeiro desaquecimento na atividade. "A indústria não está fazendo estoques, só compra matéria-prima quando percebe que vai ter pedidos, e se o varejo não compra, isso se torna um círculo vicioso", diz Medrano.

A produção de eletroeletrônicos e a de automóveis ainda mostram aquecimento, mas a indústria química apresenta estabilidade no primeiro trimestre (alta de 0,3% em comparação com igual período de 2005). Ainda segundo o dirigente, há um cenário de incertezas na economia que dificulta projeções de crescimento do setor para o ano todo.

Tintas – Se na média a distribuição de produtos químicos registrou variação positiva no acumulado do ano, alguns ramos já mostram recuo. O atacado de tintas e vernizes parece ser um exemplo. Bastante ligada a essa área, a Best Química, de São Bernardo, aguarda a chegada do segundo semestre para reverter uma retração de 10% a 15% no início de ano. "Buscamos alternativas", afirma o diretor de negócios, Eduardo Barrella. Ele avalia que a apreciação do real, que favorece as importações, tem prejudicado a indústria nacional e por consequência, as vendas da companhia.




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