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Impasse no PPR pode parar fábrica da Colgate-Palmolive
William Glauber
Do Diário do Grande ABC
20/06/2006 | 08:23
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Impasse sobre o valor do PPR (Programa de Participação dos Resultados) na Colgate Palmolive, de São Bernardo, pode ameaçar a produção da empresa nesta terça-feira. Após dois meses de negociação e duas rejeições em assembléia por parte dos trabalhadores, o Sindicato dos Químicos do ABC promete atrasar o início das jornadas dos três turnos da unidade da região.

Segundo os sindicalistas, o atraso de uma hora em cada jornada começaria segunda-feira a partir das 22h. Nesta terça-feira, os trabalhadores das 6h e 14h também retardarão o processo de produção em uma hora. A advertência, segundo o diretor da entidade Wanderley Salatiel, é para pressionar a Colgate a rever as metas de produção e o valor do  PPR deste ano.

No ano passado, a Colgate, que conta com 1,4 mil empregados em São Bernardo, ofereceu PPR de R$ 1.320 para a maior parte dos trabalhadores. Para este ano, a empresa oferece R$ 1.367, mas eleva em 14,5% a meta de faturamento, saltando de R$ 1,123 bilhão em 2005 para R$ 1,286 bilhão em 2006. “Oferecem apenas 3,5% de aumento na participação. São R$ 47, é muito pouco”, reclama Salatiel.

Os trabalhadores da Colgate conquistaram no ano passado reajuste de 8% no salário. “Nem os 8% do dissídio foram contemplados na proposta de PPR da empresa. Tinha de ser, no mínimo, o reajuste praticado nos salários”, considera o sindicalista. Insatisfeitos com a proposta, os representantes dos trabalhadores prometem realização de protestos “gradativos”. “Vamos começar com uma hora, mas aumentaremos as manifestações com o passar do tempo.”

Além de novas propostas, os sindicalistas também negociam com a Colgate o pagamento de adiantamento de R$ 600 da PPR para o dia 15 de julho. A segunda parcela, após as análises de cumprimento de metas, seria depositada aos empregados em 30 de janeiro de 2007.




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