Setecidades Titulo Segurança alimentar
Bancos de alimentos ajudam 33 mil moradores

Em cinco cidades, serviço arrecadou 1.156 toneladas de produtos, repassadas a 325 instituições

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
30/12/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


“Minha filha e eu não trabalhamos, então temos dificuldade na questão financeira. Com o auxílio do banco de alimentos conseguimos fazer nosso planejamento”, destaca a dona de casa Cláudia de Melo, 52 anos, que conta com a ajuda do serviço mantido pela Prefeitura de Diadema há dois anos. Por mês, a família recebe cinco quilos de arroz, dois de feijão, um saco de açúcar, dois de macarrão e óleo.

Cláudia é uma das 33 mil pessoas do Grande ABC que são atendidas por entidades cadastradas junto aos bancos de alimentos mantidos por cinco das sete cidades – Ribeirão Pires não conta com o serviço e Rio Grande da Serra não retornou ao Diário até o fechamento desta edição. No total, foram arrecadadas 1.156 toneladas de produtos desde janeiro, repassadas a 325 instituições assistenciais.

A moradora de Diadema é atendida pela Associação de Moradores da Vila Nova Conquista, que recebe doações mensalmente desde 2015 e repassa para 89 famílias. “Recebemos uma parte dos itens de mercados, como arroz, feijão e macarrão, e a outra parte é do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), que é uma parceria com agricultores urbanos que disponibilizam verduras, legumes e frutas”, pontua o presidente da entidade, Cícero Monteiro, 34.

A Prefeitura de Diadema estima que, até o fim de dezembro, tenha arrecadado cerca de 199 toneladas de produtos – até o momento, foram doadas 183 toneladas –, atendendo a 14 mil moradores em 76 entidades cadastradas.

OUTRAS CIDADES
Em Santo André, foram recolhidas, até novembro, 531 toneladas de alimentos, que puderam beneficiar 16 mil pessoas por meio do trabalho feito em parceria com 100 entidades assistenciais. Em 2018, o Fundo Social arrecadou 472 toneladas de itens que beneficiaram aproximadamente 14 mil pessoas, por meio de 70 entidades.

De janeiro a novembro, o banco de alimentos de São Bernardo angariou 153 toneladas de itens, contemplando cerca de 2.740 famílias por mês (aproximadamente 11 mil pessoas). Neste ano, as doações foram maiores do que as de 2018, com o crescimento de aproximadamente 61% – foram em média de 95 toneladas no mesmo período do ano passado. Atualmente, a cidade conta com 52 entidades cadastradas e outras 20 não referenciadas, mas em vias de regularização.

O banco de alimentos de São Caetano iniciou suas atividades em 25 de outubro e, até o momento, recebeu cerca de duas toneladas em doações, atendendo a 15 instituições. O local ainda conta com o banco de ração, que recebeu durante o período 148 quilos – 60 quilos foram encaminhados para duas ONGs (Organizações Não Governamentais) do município.

A cidade de Mauá encaminhou cerca de 288 toneladas de alimentos para 62 entidades cadastradas, atendendo média de 3.540 pessoas neste ano. O município destacou que, devido à alta demanda no mês de dezembro, há escassez de produtos para janeiro. Além disso, as cooperativas de agricultores, que fornecem produtos ao banco, não conseguirão atender a demanda. O município vai suspender as entregas em janeiro e retomará o serviço no mês seguinte, quando a situação estiver normalizada.

Ribeirão Pires, embora não possua banco de alimentos, oferece atendimento assistencial às famílias em situação de vulnerabilidade. Neste ano, a cidade arrecadou 123 toneladas de alimentos no Festival de Chocolate do município – com a troca de ingressos para o evento. Cerca de 151 entidades foram contempladas com os kits de mantimentos, beneficiando 8.000 famílias.




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