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Planejamento de Auricchio garantido
Por Flávia Braz
Do Diário do Grande ABC
08/06/2007 | 07:01
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Com um cheque em branco em mãos – a Câmara aprovou remanejamento de 100% do Orçamento – e admitindo que as diretrizes se manterão praticamente as mesmas até o final do mandato, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), afirma que a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), aprovada pelo Legislativo, reitera seu tripé de governo: Saúde, Educação e Infra-Estrutura Urbana.

“Dizer que a lei está direcionada da mesma forma que a de 2006 é correto, até porque no próximo ano também será assim. Comecei com esse planejamento e vou concluí-lo. Me comprometi e é isso que tem dado resultado, é isso que a população quer, portanto, não vou mudar”, reforça o prefeito.

As críticas por parte da oposição, com relação às mudanças no projeto que determinará as diretrizes da Peça Orçamentária deste ano são, segundo Auricchio, “absolutamente retóricas e partem daqueles que não têm sobre o que reclamar”. “Nem pode ser uma cópia idêntica da outra lei na medida que existem modificações de tipos de despesas. Falar isso é menosprezar o trabalho da equipe técnica que executou esse trabalho. É um equivoco.”

A manutenção de 100% de remanejamento por parte do prefeito nas dotações orçamentárias das secretarias também foi alvo de descontentamento da oposição, favorável a apenas 30%. Auricchio afirma não ser a hora oportuna para a discussão do remanejamento, que será debatido quando da formulação do Orçamento.

Ele, no entanto, defende que essa autonomia, além de legítima, não prejudica o destino dos montantes previamente discutidos para cada Pasta. “A peça passa pela Câmara. As prioridades estão estipuladas no PPA (Plano Plurianual), a LDO as confirma e o Orçamento as direciona. Isso faz parte do jogo democrático.”

METAS

Combate às enchentes, 100% no tratamento de esgoto e desenvolvimento ambiental são alguns dos pontos prioritários de Auricchio.

Embora a oposição reclame que a cidade se transformou em um canteiro de obras, Auricchio garante que as mudanças mais significativas estão sob o asfalto, como o cabeamento da Avenida Goiás, a interligação da rede coletora de tratamento de esgoto e substituição da rede de água e esgoto.

Para a Educação, cuja verba destinada deve ter percentual mínimo de 25%, o chefe do Executivo pretende investir 35% do Orçamento, 2% a mais em comparação ao último ano. Na Saúde, a expectativa de aumento dele é similar: de 20% em 2006 para 22% este ano.

Os números e o planejamento no geral desagradam o vereador petista Edgard Nóbrega, para quem a proposta é pouco ousada. “De mudança efetiva não tem nada. É algo tradicional, é quase uma espécie de recorta e cola. Falta ousadia. Temos condições de fazermos coisas maiores porque temos uma sociedade civil moderna, temos recursos e trata-se de uma cidade pequena. As coisas poderiam ter uma dinâmica totalmente diferente.”



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