Nesta segunda-feira começa maio. Conhecido como o mês das noivas. Apesar de não ser mais o período em que ocorre o maior número de casamentos – já que por questões financeiras os noivos optam por casar no final de ano – ainda há tradição e glamour de se casar nesse mês.

O Diário consultou profissionais da região – de várias áreas que participam de um dos eventos mais tradicionais da sociedade – e conseguiu chegar aos extremos: o mais barato, de R$ 11.814,55, e o mais caro, de R$ 86.906. No entanto, para quem pensa que os valores são altos, é unânime a opinião de que o custo de um casamento no Grande ABC é três vezes mais barato do que na cidade de São Paulo.

"Tem gente que chega a gastar R$ 200 mil facilmente. No entanto, apenas quem é daqui e tem dinheiro prefere casar na capital", conta o decorador Carlos Miguel. O único valor que não foi contabilizado foi o preço cobrado pela igrejas, que não quiseram se pronunciar.

Quem está planejando casar, o melhor a fazer é pesquisar. E muito. Em alguns pontos, a economia pode ser fundamental para realizar o sonho da cerimônia e da festa. O ideal é começar o projeto casamento de um ano a 18 meses antes da data escolhida para a união religiosa e a festa. Esses devem ser os primeiros da lista de pesquisa e contratação.

Quanto às diferenças de preço, matrimônio no cartório é um bom exemplo de variação. Um casamento em comunhão parcial de bens custa R$ 231,55 (valor tabelado na região). Se os noivos optarem pela diligência, no qual o juiz de paz vai até o local escolhido, a taxa vai para R$ 719,10. Em caso de pacto antinupcial para comunhão universal ou separação total de bens, há toda uma burocracia de registro do documento em outros cartórios e o casamento civil pode sair por cerca de R$ 1 mil.

O gasto maior que um casal tem para o evento é o bufê – que inclui a decoração. No primeiro, os noivos devem avaliar qual será o número de convidados, o dia da semana escolhido – já que o valor total pode variar em R$ 5 mil de uma quinta-feira para um sábado – e escolher que tipo de festa quer: jantar ou coquetel. Já na decoração, deve ser observada a contratação do serviço com a escolha das flores em aberto. "O preço é melhor quando se usa as flores da época, além delas estarem mais bonitas. Na igreja, há a opção de dividir o custo com as outras noivas do dia", explica a florista Flávia Maria.

A fotografia e a filmagem também são itens importantes e caros em um evento social. Quanto mais diferenciado os noivos buscarem, mais gasto terão. Para os fotógrafos Celso Vick, de São Paulo, e Honor Filho, de Santo André, a fotografia se dividiu em duas categorias: a tradicional, mais barata e com imagens mais posadas, e o conceitual, mais requintado e espontâneo.

Dia da Noiva – Mas um momento que a futura esposa e – atualmente – os futuros maridos não abrem mão é o famoso dia da noiva que os salões de beleza promovem. Há opções do dia todo ou apenas metade do período. "O casal vem junto. Quer aproveitar o dia para relaxar. Mas depois do almoço os dois não podem se ver", diz Primo Bonafini, proprietário de salão que leva seu nome, em São Bernardo, e que tem mais de cinco mil noivas no currículo. "A mulher procura o salão para se sentir mais segura, mais calma e em paz em um dia importante para ela. É a realização de um sonho", explica Cari Cordoba, da Cari Internacional, de São Caetano.

Mas sempre há algo que fica por último: as alianças. Segundo as joalherias do Grande ABC, a maior parte dos casais deixa para escolher o símbolo da união perto da semana do grande dia. O produto mais procurado é o personalizado, seja com pedras, tons de ouro diferentes ou trabalhos no metal.