O PSDB de Mauá decidiu afastar o vereador Joelson Alves dos Santos, o Jotão, da presidência da legenda na cidade depois que o tucano foi envolvido na Operação Trato Feito, da PF (Polícia Federal), que aponta existência de esquema de desvio de dinheiro público para Mensalinho aos vereadores.

O nome de Jotão estava em anotações do ex-secretário de Governo João Gaspar (PCdoB), indicado pela PF como operador do sistema de superfaturamento de contratos para pagamento de propina aos vereadores. Além disso, o tucano votou contra o impeachment do prefeito Atila Jacomussi (PSB) nas duas vezes em que a Câmara analisou o pedido de cassação do socialista. Jotão teve de depor à PF para se explicar.

Ele será substituído por Antonio Ceccon, atual vice-presidente do diretório municipal. Ceccon foi vereador de Mauá na década de 1970 e é filiado ao PSDB de longa data. A deliberação sobre possibilidade de expulsão dos parlamentares foi de aguardar o andamento da apuração.

Alas do tucanato acreditam que o partido precisa tomar posição mais firme com relação a Jotão e ao vereador Pastor José, também citado na Operação Trato Feito. Houve até comentários de que integrantes da executiva estadual sugeriram essa medida na mais recente reunião da sigla no Estado, mas nenhuma deliberação prática foi tomada.

A Operação Trato Feito envolveu 21 vereadores e um suplente, Jair da Farmácia (MDB), que à época da votação dos pedidos de impeachment de Atila exercia a função na Câmara – no lugar de Chico do Judô (Patriota), que estava como secretário de Serviços Urbanos. RR