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Subsídios à História da CTBC

A Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC) foi iniciativa importante...

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
12/03/2012 | 00:00
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A Companhia Telefônica da Borda do Campo (CTBC) foi iniciativa importante. Mestre Hermano Pini Filho gostaria de escrever mais a respeito. O problema é que está distante do Grande ABC - reside em Campinas, ele que foi editor e chefe de reportagem deste Diário. Jornalista calejado, Hermano lembra que as fontes, além de raras, estão distantes de Campinas e só telefonemas nem sempre resolvem. Mas, acompanhem o texto. Hermano em Pauta, mais uma vez, dá um show de bola.

Olhos para a Justino Paixão
Texto: Hermano Pini Filho

Invenções ou inovações tecnológicas geralmente têm início com histórias curiosas, quase sempre registradas em livros, em publicações técnicas ou não. Nada diferente é o que se conta do cidadão americano Almon Strowger: ele era dono de uma funerária e não entendia a razão de outra funerária de sua cidade ser mais requisitada que a sua. E decidiu tentar descobrir a origem da preferência pela concorrente. 

Não demorou, logo o mistério se desfez: a telefonista da pequena central telefônica local era mulher do dono da outra funerária. Operação manual, quando a telefonista recebia pedido para um funeral, transferia a ligação para a empresa do marido. Claro.Strower foi brigar com o concorrente? Não. Industrioso, entendeu que poderia tentar construir uma central telefônica automática. Foi feliz, em 1892 inaugurou a primeira estação telefônica que dispensava telefonista. Assim nascia na cidade de La Porte, Estado de Indiana, o primeiro sistema telefônico automatizado.

Excelente melhoramento, mas por uma série de razões em inúmeras cidades, em muitos países, a telefonista continuou existindo. Na região que hoje forma o Grande ABC, até meados dos anos 1950 os poucos telefones aqui instalados funcionavam manualmente, praticamente repetindo a tarefa que executava a mulher do concorrente de Strower no final do século 19. 

Situação inaceitável, concluíram empresários entre outras tantas pessoas interessadas no progresso do ABC. Uniram-se e, em março de 1954, fundaram a Companhia Telefônica da Borda do Campo. Homens decididos, com notável visão empresarial, trataram logo de fazer multiplicar os cerca de 2.000, ou até menos, aparelhos obsoletos então existentes em todo o ABC, por equipamento automático. Concluíram que era urgente atender, no menor espaço de tempo possível, as necessidades da região no setor de telecomunicação. 

A população apoiou, o empresariado confiou no empreendimento, rotarianos foram decididamente a favor da iniciativa desde o primeiro momento, lembra com frequência o líder autonomista de São Caetano, Mario Porfirio Rodrigues. O empreendimento deu certo: a CTBC começou a operar em 1958 com 7.600 terminais, 4.000 em Santo André, 1.800 em São Bernardo, outros 1.800 em São Caetano. A partir daí a companhia não parou de crescer: em 1969 foi autorizada a assumir as operações de telefonia em Suzano, Mogi das Cruzes, Jacareí e Cubatão.

Em 1973 a Telesp, ligada à Telebrás, por decisão governamental assumiu a CTBC, que passou a ser estatal. Bem estruturada desde sua fundação, extremamente eficiente, a Telefônica do ABC era tida na conta de exemplo para o setor. Como era assim, autoridades visitavam com frequência a CTBC. 

Em setembro de 1973 o ministro das Comunicações do governo Médici, Hygino Caetano Corsetti, veio ver como se podia operar, com eficiência, uma empresa de telefonia. O vistoso e funcional edifício-sede da CTBC, na Rua Justino Paixão, em Santo André, exibia exemplo de racionalidade: era a própria imagem de companhia vitoriosa, reconheciam aqueles que vinham conhecê-la de perto.

O primeiro presidente da CTBC foi Oliver Tognato; diretor técnico, Angelo Raphael Pellegrino; diretor-comercial, Vicente Martins Júnior. Ao transferir-se para a Telesp a presidência passou a ser exercida por Arno Traeger. A trajetória da CTBC mereceria ser mostrada em detalhes, como exemplo de sucesso empresarial em segmento complexo como o da telefonia. 

ALERTA, DIADEMA 5
Semana nova, vida nova. Memória aguarda uma manifestação, de preferência positiva, acerca deste bem imóvel da Avenida Ulysses Guimarães, no bairro Taperinha, em Diadema. É uma casa, simples casa, quase 70 anos de construção. Dos detalhes trataremos nos próximos dias. O que queremos, por ora, é registrar características da construção, para comover aqueles que podem influir na preservação deste bem.

MUNICÍPIOS PAULISTAS
Paraguaçu Paulista (1925), São Lourenço da Serra (1991) e Zacarias (1992).

HOJE

Dia do bibliotecário. Dia Mundial do Café.

CAPITAL BRASILEIRA

Recife (12-3-1537).

SANTOS DO DIA

Bernardo de Cápua, Inocêncio I e Gregório I.
Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2012.
Na foto, Santa Bárbara. Século 19. Origem: cidade paulista de Santa Isabel. Barro cozido policromado. Representação popular de Santa Bárbara com seu principal atributo, uma torre nas mãos. 
FONTES: Museu de Arte Sacra de São Paulo; Andréa Maria Zabrieszach Afonso dos Santos, museóloga; foto: Iran Monteiro. Contatos: 3326-1373; 5393-3336; mas@museuartesacra.sp.gov.br.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sexta-feira, 12 de março de 1982
Manchete - Explosão em fábrica de material bélico mata 19 trabalhadores em fábrica do Município de Piquete.
Movimento Sindical - Pagamentos na Coferraz dependem de empréstimos.
Santo André - Abandonada passarela de pedestres na Avenida Ramiro Colleoni.
São Bernardo - Prefeitura anuncia regularização de 96 loteamentos.
Automobilismo (Luiz Carlos Medeiros) - Invasão automobilística japonesa: Brasil atrai montadoras.
Futebol - Ontem no Jaçatuba: Santo André 1, Juventus 2 (amistoso).

EM 12 DE MARÇO DE...
1889 - Criado o município de São Bernardo, hoje Santo André, com abrangência sobre a área do atual Grande ABC.
1920 - Iolanda Pancelli Capitanio nasce na Linha Jurubatuba, hoje bairro Assunção, em São Bernardo. É filha de Pedro Pancelli e Angelina Savordelli. Aos 92 anos, gozando de boa saúde, tem os filhos Elza, Sérgio e Tarcisio Paulo, sete netos e três bisnetos.
1952 - Era inaugurado o novo Cine São Bernardo, na rua Marechal Deodoro, centro de São Bernardo, no mesmo local onde funcionara o cinema anterior, esse demolido. Projetou o novo cinema o engenheiro Antonio Pezzolo, futuro vice-prefeito e prefeito de Santo André.
1977 - Tem início a Semana Nacional da Biblioteca, instituída pelo decreto-federal 884, de 10-4-1962.

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ
João Francisco da Silva, 78. Natural de Colônia Leopoldina (AL), Dia 8. Cemitério Curuçá.
Vitas Klimazicius, 72. Natural da Lituânia. Dia 8. Crematório de Vila Alpina.
Antonio Ochinsk, 63. Natural de Santo André. Dia 8. Cemitério da Saudade, em Vila Assunção.
Sidmo Santos de Sousa, 43. Natural de Montes Claros (MG). Dia 7. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO
Oscar Geroldo, 79. Natural de Sertãozinho (SP). Dia 7, em Santo André. Jardim da Colina.
Sebastião Esteves Roque, 74. Natural de Ladainha (MG). Dia 8. Cemitério do Baeta.
Joel Deamates, 61. Natural de Mairinque (SP). Dia 4. Cemitério dos Casa.
João Bosco Ludgerio Pinto, 56. Natural de Farias Brito (CE). Dia 5. Cemitério da Paulicéia.
Maria Izabel de Santana, 52. Natural de Euclides da Cunha (BA). Dia 2. Jardim da Colina.
Gedalva Mello da Silva, 49. Natural de São Bernardo. Dia 6. Cemitério dos Casa.
Terezinha de Jesus, 47. Natural de Açucena (MG). Dia 3. Cemitério dos Casa.
Valdecir Vieira, 47. Natural de São Bernardo. Dia 7. Cemitério de Vila Euclides.
Elaine da Costa Ferreira Manão, 43. Natural de São Paulo (SP). Dia 4. Cemitério da Paulicéia.
Danielle Feltrin Campos, 27. Natural de São Bernardo. Dia 3. Cemitério de Vila Euclides.

SÃO CAETANO
Oliva Bunotto Garbelotto, 87. Natural da Itália. Dia 5. Cemitério São Caetano, em Vila Paula.
Gilberto Coelho dos Santos, 68. Natural de Jardim (CE). Dia 22. Cemitério da Cerâmica.
João Carlos Pal, 61. Natural de São Caetano. Dia 28. Cemitério da Cerâmica.
Walner Fernandes dos Santos, 59. Natural de Ilhéus (BA). Dia 21.

Serviços Funerários: Santo André - 4433-3544; São Bernardo - 4330-4527; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.
Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000. 




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