Os relógios devem ser adiantados em uma hora à 0h de domingo com a chegada do horário de verão. O decreto vale para os Estados da região Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de Brasília.

O Ministério das Minas e Energia informou que o objetivo neste ano é diminuir entre 4% e 5% a demanda de energia no horário de pico, das 18h às 21h, o equivalente a uma economia de 2 mil Megawatt, que representa mais de duas vezes o consumo máximo da cidade de Brasília no mesmo horário.

Até o dia 25 de fevereiro, quando termina o horário de verão e os relógios devem voltar os ponteiros em uma hora, o Brasil contará com quatro fusos horários, um a mais do que o normal. Quando no Acre for 9h, por exemplo, no Amazonas será 10h, na Bahia 11h, e em São Paulo já será meio-dia.

No Estado, a característica do horário de verão que mais influência na rotina das pessoas é o fato de escurecer por volta das 20h, o que torna o período do dia mais longo. Segundo o meteorologista do Instituto Climatempo, André Madeira, realmente durante o verão o sol aparece mais cedo e demora mais para se pôr. “Isso acontece porque nesse período do ano o hemisfério Sul fica mais voltado para o sol”, explica. “Se você for para o Polo Sul no verão, quase não verá noite”, exemplifica.

Em Santo André, a maioria das pessoas ouvidas pela reportagem se mostrou a favor da mudança de horário.

A comerciante Eva Oliveira Rodrigues, 47 anos, dona de um trailer em frente ao parque Celso Daniel, disse que gosta do horário de verão por dois motivos. “Primeiro porque eu aproveito muito mais o dia acordando cedo”, afirma. O outro motivo é profissional. “Durante o horário de verão as pessoas costumam aproveitar o início da noite ainda com sol para vir ao parque. Nesses meses é quando eu vendo mais água de coco”, diz Eva.

Os noivos André Rodrigues da Silva, 24 anos, e Silvana Maria Cardoso, 21 anos, pretendem aproveitar a hora a mais de sol para passear e namorar. “É muito bom sair do trabalho e ver o sol por mais um tempo. Dá mais ânimo para sair”, afirma Rodrigues.

Outra pessoa que compartilha da opinião é a fisioterapeuta Cristiane Machado, 32 anos, que na tarde de sexta-feira brincava com seu filho no playground do Celso Daniel.

Já para o funcionário do Sindicato de Bares e Restaurantes, Edemir Marques de Oliveira, o horário de verão é péssimo. “Atrapalha o organismo do ser humano”, justifica. Marques reclama que terá dificuldades em adaptar sua rotina ao horário. “Eu tenho que mudar minha hora de comer para não me sentir mal”, diz.