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Petrópolis: comemoração imperial
Christiane Ferreira
Do Diário do Grande ABC
13/03/2008 | 07:00
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Se o mapa geográfico não denunciasse, seria bem possível que os turistas nem pensassem que estariam em pleno Estado do Rio de Janeiro quando colocam os pés em Petrópolis. Tudo porque o clima ameno – varia entre 14º e 23º graus – e as paisagens bucólicas da serra pouco lembram as praias lotadas da capital fluminense.

Situada na região serrana a 809 metros acima do nível do mar, e importante personagem para ajudar a contar a história do Brasil, Petrópolis completa no próximo domingo, dia 16, 165 anos de sua fundação.

Para comemorar a data, a cidade conta com uma extensa programação cultural (veja abaixo) até o fim do mês, que será distribuída nos diversos pontos turísticos da cidade.

História, arte, cultura e lazer se misturam aos cenários bucólicos da cidade, aos atrativos turísticos e formam uma combinação perfeita para quem busca harmonia da natureza aliada à diversão para todas as idades.

HISTÓRIA

A fundação de Petrópolis está intimamente ligada ao imperador D. Pedro 1º e ao Padre Correia. Desde que o imperador pernoitou na fazenda do padre, de passagem pelo Caminho do Ouro que o levaria às Minas Gerais, ficou encantado com a exuberância e amenidade do clima.

Acalentou, assim, o desejo de adquirir propriedade, especialmente para o tratamento de sua filha, princesa dona Paula Mariana, de 5 anos, sempre muito doente.

Dom Pedro 1º sentia a necessidade de construir um palácio fora do Rio de Janeiro, em virtude das visitas da Europa não habituadas ao calor tropical. Ele ainda obteve outras propriedades no entorno, no Alto da Serra, em Quitandinha e no Retiro, podendo assim construir um Palácio de Verão.

Como enfrentava dificuldades políticas na capital, chamou o local de Fazenda da Concórdia, onde construiria o palácio. No entanto, a obra não foi realizada. No dia 7 de abril de 1831, foi obrigado a abdicar seu trono, para voltar à Portugal.

Com a abdicação e morte de seu pai, em 1834, D. Pedro 2º herdou as terras, que passaram por arrendamentos, até que Paulo Barbosa da Silva, mordomo da Casa Imperial, teve a iniciativa de retomar os planos de Pedro 1º de construir um palácio de verão na Serra da Estrela.

A temporada de verão na Serra da Estrela durava até seis meses, de novembro a maio, quando então a tutela imperial era transferida para Petrópolis.

Durante todo o Segundo Reinado, a presença de D. Pedro 2º se destacou em Petrópolis, por seu amor à cidade. Antes de falecer, pedia a quem o visitava em seu exílio: “Fale-me de Petrópolis”.

Nos dois últimos anos do Império, sua saúde se deteriorou. Os médicos e sua família procuraram mantê-lo em Petrópolis. Proclamada a República, foi na cidade que ele recebeu a notícia de seu exílio. Com o imperador na cidade, ela se tornava a capital do Império e centro da atenção nacional.



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