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CUT e sindicatos vão à Parada do Orgulho GLBT
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
08/06/2007 | 07:03
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Pelo quarto ano seguido, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) vai participar da Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), que acontece domingo na Capital paulista. O objetivo é levar ao mundo do trabalho e também aos homossexuais a discussão sobre o preconceito nas relações trabalhistas que envolve as minorias.

A central irá para a Avenida Paulista com um trio elétrico com capacidade para 60 pessoas, entre as quais estão confirmadas representantes dos metalúrgicos, metroviários, bancários, operadores de telemarketing servidores estaduais da saúde, entre outras classes.

Além do carro da central, o Seesp (Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo), pelo terceiro ano consecutivo, e a Apeoesp (dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), pela primeira vez, também marcam presença na festa com carros individuais.

Para a presidente do Seesp e dirigente da CUT, Solange Aparecida Caetano, a manifestação que será feita domingo diz respeito não só a uma parcela da sociedade, mas a todos os trabalhadores. “É um movimento político de reivindicação. Até porque se discute o racismo. As pessoas que participam da parada também querem seus direitos”, comenta.

A dirigente conta que no meio sindical ainda há muito machismo. “Há muitos sindicalistas que não entendem. A resistência é grande. No entanto, fazemos um trabalho de discussão na central para tentar quebrar os preconceitos”, conta.

A CUT é a única central sindical que apresenta um grupo de discussão GLBT, chamado de coletivo, e que está subordinado à Secretaria de Políticas Sociais. O movimento na entidade começou com os enfermeiros e professores e acabou sendo levado para outras classes.

“É necessário incluir nas cláusulas sociais as demandas dos trabalhadores com orientação homossexual. Isso já aconteceu em acordos coletivos dos enfermeiros e precisa ser ampliado”, explica Solange.

A sindicalista conta que por imposição social, os homossexuais acabam se concentrando no setor público por falta de opção. A presidente do Seesp afirma que essa minoria prefere prestar concurso público para conseguir um trabalho e estabilidade, já que no setor privado, esse profissional pode ser barrado logo na entrevista. No entanto, ainda por medo, a central não consegue contabilizar essa minoria.




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