No CT, treinos fechados e clima de mistério. Os jogadores também reconhecem o incômodo. Depois de três derrotas em clássicos nos embates com Palmeiras, Santos e Corinthians no ano, o São Paulo sabe que não pode tropeçar de novo.
Quarta força do Estado neste início de ano, o São Paulo tenta deixar a instabilidade para trás e continuar a crescente que começa a aparecer com o comando de Diego Aguirre, que faz neste domingo apenas seu terceiro jogo à frente da equipe. Erros que se tornaram comuns, como passes errados e muitas bolas recuadas, são um desafio. O padrão exigido pelo comandante é de um time com atitude, como demonstrou ser possível no duelo de volta com o São Caetano pelas quartas de final.
Tudo que o São Paulo não quer é que esta temporada seja pior ou mesmo parecida com 2017. Foram três eliminações seguidas no primeiro semestre: no Paulistão, Copa do Brasil e Sul-Americana. O São Paulo disputa os mesmos torneios neste ano. E vencer o Corinthians neste domingo pode redesenhar o ano para o time, que até aqui ainda não convenceu ninguém de que pode brigar por títulos, ou mesmo fugir das quedas.
Em xeque, as apostas de Raí, Ricardo Rocha e Lugano, que estão no comando do futebol tricolor e são os principais responsáveis pela montagem da equipe para a temporada. Passar do Corinthians na semifinal do Paulistão é o primeiro grande desafio para que os planos do clube com a nova diretoria de futebol sejam mantidos.
Outro ingrediente que faz o São Paulo jogar pressionado hoje são os tabus recentes. O time não vence o Paulistão desde 2005 e, após o vice-campeonato de 2006 nos pontos corridos, não chegou mais em nenhuma decisão do Estadual. Não fatura um título importante desde a Sul-Americana de 2012. Contra o rival, amarga o tabu de não conseguir eliminá-lo em disputas de mata-mata desde 2000, quando tirou o Corinthians da decisão do Paulistão.
O Corinthians vai tentar se favorecer desse cenário de impaciência e pressão no São Paulo. Atual campeão e invicto em clássicos no ano, o time precisará colocar em prática o que aprendeu com o susto de ter perdido para o Bragantino na primeira partida das quartas de final. Fábio Carille aposta no momento de tranquilidade da equipe para chegar mais uma vez à final.
Mas o comandante reconhece que o São Paulo passa por um processo de mudanças. Não fala em favoritismo, projeta um jogo difícil e diz que vê o time do Morumbi diferente com a chegada de Aguirre. Carille quer atenção em campo.
"Assisti ao jogo na terça (vitória sobre o São Caetano por 2 a 0) e já vi o São Paulo com uma postura diferente, com os jogadores mais agressivos", afirmou o treinador. "Eu tenho certeza de que vai ser um grande jogo essa semifinal, repetindo o que aconteceu ano passado. Serão dois grandes jogos."
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