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Trajetória do ídolo Ayrton Senna dá nome a ruas do Jardim Alzira Franco

Núcleo de Santo André, criado há 24 anos por apaixonados pelo automobilismo, tem dez ruas em homenagem ao piloto

Daniel Macário
18/12/2017 | 07:16
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Denis Maciel/DGABC


ual a função de um nome? Para moradores do Jardim Alzira Franco, em Santo André, a resposta está na ponta da língua: homenagear. Fãs de automobilismo, os munícipes decidiram prestar honraria ao piloto brasileiro Ayrton Senna (1960-1994) por meio da identificação das ruas de pequeno núcleo instalado no bairro há cerca de 24 anos.

Ao todo, 15 vias que cortam a área próxima à Avenida dos Estados, na divisa com Mauá, contam um pouco da história do ídolo nacional. A avenida principal leva o nome Ayrton Senna, mas também é possível circular pelas ruas Senninha, Toleman (escuderia em que o piloto estreou na Fórmula 1), Ferrari, Prost (sobrenome de Alain, ex-automobilista francês e rival histórico de Senna), Suzuka, Ímola, Interlagos, Monza, Sauber, Jacarepaguá e Benetton, por exemplo.

“Quando criamos o núcleo, muitos que residiam aqui eram fanáticos pelo Senna. Naquela época ele reinava no País todo. No dia em que nos perguntaram qual nome dar para as ruas do bairro, a decisão foi unânime: homenagear a história do Ayrton Senna”, explica Jacinto Izequiel de Medeiros, 54 anos, presidente da associação comunitária do Jardim Alzira Franco.

“Tem de tudo. A avenida principal, por exemplo, ganhou o nome do ídolo Ayrton Senna. Outras travessas receberam o nome de equipes que ele passou”, relata Medeiros.

O resultado da homenagem é presente não só na denominação das vias. Por todo o bairro o piloto é lembrado, mesmo por aqueles que nem eram nascidos quando Senna brilhava nas pistas da Fórmula 1. “Meu pai sempre faz questão de falar sobre a história de cada nome dado às ruas no bairro”, afirma o jovem Eduardo Rezende, 11.

Para os mais velhos, o local é motivo de orgulho. “Podemos não ter sido responsáveis pela escolha dos nomes, mas as motivações atreladas a cada rua, queira ou não, fazem parte da nossa identidade”, considera o auxiliar de escritório José Francisco Alves, 50.

LUTO
A trágica morte de Senna, em 1º de maio de 1994, ainda vive na memória de praticamente todos os moradores do Jardim Alzira Franco. “Me lembro como se fosse ontem. Foi um dia para esquecer. Um domingo triste”, relata o comerciante José Francisco da Silva, 66.

Há 23 anos, o País ficou em luto ao assistir ao grave acidente na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália. Naquele dia, a barra de direção da Williams conduzida por Senna quebrou a mais de 200 km/h, o que impediu o brasileiro de contornar a curva e o fez chocar violentamente contra o muro. Durante a colisão, uma das hastes da suspensão perfurou o capacete do piloto e afundou o crânio um pouco acima do supercílio direito. “Me recordo, depois da morte dele, o pessoal todo indo para o velório. Acompanhei pela televisão”, diz o encarregado de obra Gaspar Silva, 50.

Segundo moradores, após a morte de Senna, o País ficou órfão. “Quando vejo essa corrupção toda, penso no quanto um ídolo como o Senna nos faz falta. Precisamos de pessoas que tragam esse orgulho novamente ao povo brasileiro”, completa Silva. 




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