Economia Titulo Faltam 20 dias
Comércio da região projeta melhor Natal em três anos

Motivada pela melhoria do cenário econômico, expectativa é a de que vendas cresçam 8%

Flavia Kurotori
Especial para o Diário
05/12/2017 | 07:03
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Celso Luiz/DGABC


A 20 dias do Natal, data mais importante do ano para o comércio, a expectativa de vendas do setor no Grande ABC é alta, sendo considerada a melhor em três anos. Com projeção de crescimento de até 8%, as associações comerciais regionais afirmam que o cenário de reaquecimento na economia está favorecendo os negócios, dado que o desemprego e a inflação estão em queda, fatores que contribuem para restabelecer a confiança do consumidor – e o consequente desembolso maior.

“A retração econômica nos anos anteriores estava mais intensa. Mesmo que agora o consumidor ainda esteja cauteloso, a conjuntura está mais otimista”, avalia Valter Moura, presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo), que espera incremento de 8% no faturamento do setor. “Desde o começo de 2017 a situação está melhor. Em todas as datas comemorativas, como os dias das Mães, dos Namorados, dos Pais e das Crianças, as vendas foram melhores do que no ano passado”, completa.

“Principalmente nos últimos meses, os comerciantes estão mais confiantes, conforme os indicadores econômicos melhoram”, destaca Vera Lúcia Rocha, presidente da ACE (Associação Comercial e Empresarial de Diadema), cuja previsão de crescimento das vendas para o Natal é entre 5% e 7%.

Um dos pontos que favorecem o maior consumo é a inflação que, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), encerrou outubro em 2,21%, menor acumulado desde 1998.

Outro fator que animam os comerciantes é o 13º salário. “Normalmente, com a primeira parcela, as pessoas pagam as contas, e com o que sobra, fazem as compras de Natal”, observa Evenson Robles Dotto, presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André). É importante destacar que a gratificação natalina irá injetar, ao todo, cerca de R$ 3,1 bilhões na economia das sete cidades, conforme estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Dotto salienta que o comércio de rua conta com tantas opções de lojas quanto os shoppings da região. “Às vezes, nas ruas não tem estabelecimentos de marcas, porém, tem outras opções, e mais acessíveis”, comenta. Segundo ele, o setor ganha espaço pela sua comodidade e variedade. Embora nem todos os comércios tenham forte poder de barganha, como grandes redes, Dotto destaca que “é possível encontrar de tudo nos centros de compras, a bons preços e é mais fácil negociar descontos”.

SHOPPINGS - Os shoppings do Grande ABC preveem incrementos maiores, de até 20% nas vendas natalinas, em relação a 2016. Caso do Golden Square Shopping, em São Bernardo, que também espera aumento de 25% no fluxo de pessoas.

Já Danilo Senturelle, gerente de marketing do Shopping Praça da Moça, em Diadema, afirma que a expectativa é a de aumentar as vendas em até 10%, ao mesmo tempo em que o movimento deve crescer até 12%.

Mais cauteloso, o Mauá Plaza Shopping estima ampliar o faturamento em 8% e, 15%, o número de visitantes, assim como o andreense Grand Plaza Shopping, que estima expansão de 8% nas vendas de Natal. 




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