A memória é a função cerebral que ‘grava’ as músicas e todas as demais coisas em nosso cérebro. Números de telefones, lugares que já fomos, dados históricos, vivências, movimentos do corpo... Tudo fica armazenado na memória. Essa função, tão importante, não ocupa região específica no cérebro. Há várias áreas responsáveis por guardar informações, sensações e emoções. À medida em que as células cerebrais se interligam e se ramificam são criadas como se fossem caminhos (sinapses) pelo cérebro, sendo responsáveis pela memória.

É graças à ela que não esquecemos daquilo que aprendemos, como falar, andar, nos movimentar, além do que vemos na escola, um novo idioma ou um instrumento que aprendemos a tocar.

O limite da memória não é definido, conhecido. Podemos dizer que o computador funciona como o cérebro, mas nunca que o cérebro é como essa máquina, já que é involuntário, não precisamos desejar fazer algo para que ele funcione. Por exemplo, quando ouvimos uma música ou sentimos um cheiro rapidamente uma lembrança vem à nossa cabeça. O cérebro que opera isso, de acordo com as memórias que tem armazenadas.

Há a memória declarativa (que são os fatos e momentos da nossa vida que registramos) e a não declarativa (que são as respostas do nosso corpo, habilidades, hábitos e as respostas emocionais).

ESTRUTURA

O cérebro é como uma massa bem mole, um tecido gorduroso, cinza. Dá para ver que há muitas veias no cérebro. São elas as responsáveis por levar o sangue e, consequentemente, o oxigênio para o local. Essa é a parte do corpo que mais precisa ser oxigenada. É como um carro que precisa do óleo para lubrificar todas as peças, evitando que o veículo pare. É exatamente assim que funciona com o cérebro.

A boa alimentação interfere diretamente nesse processo. O excesso de açúcar (como doces, sucos de caixinha e pães) pode atrapalhar esse mecanismo, deixando a gente irritado, com falta de concentração e também de memorização. Por isso fica o lembrete: é preciso cuidar muito bem dessa máquina que opera nosso corpo.

O cérebro, em sua idade madura (pessoa com 14 anos, em média), possui cerca de 86 bilhões de neurônios (células cerebrais que nos fazem pensar) e cerca de 100 trilhões de sinapses (comunicação entre neurônios). No entanto, com o passar dos anos, há perda progressiva dessas células

Pergunta enviada por Isabelle dos Santos, 11 anos, de São Bernardo

Consultoria de Ricardo Leme, neurocirurgião do Sabará Hospital Infantil, de São Paulo.