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Atos em apoio a Lula ficam esvaziados em S.Paulo e S.Bernardo

Em mobilização reduzida, petistas se reúnem na Av.Paulista e na frente do apartamento do ex-presidente; na Capital, também houve comemoração

Por Júnior Carvalho e Yara Ferraz
do Diário do Grande ABC
13/07/2017 | 07:00
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Tão logo a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula veio a público, na tarde de ontem, o PT, centrais sindicais e diversos movimentos sociais convocaram ato na Avenida Paulista, na Capital, em solidariedade ao ex-presidente. A militância, porém, era tímida. Em São Bernardo, nove petistas se reuniram na frente da residência de Lula.

A manifestação na Capital iniciou às 17h, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo). Munidos de bandeiras do PT e da CUT (Central Única dos Trabalhadores), os militantes entoavam gritos em apoio à Lula e em repúdio ao juiz federal Sérgio Moro, autor da sentença. Várias lideranças do partido estavam presentes, como a ex-ministra Eleonora Menicucci (Políticas para as Mulheres), o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, e o ex-prefeito de São Bernardo e presidente do diretório paulista do PT, Luiz Marinho, que classificou a decisão do juiz paranaense como “política”.

Durante o ato, que terminou por volta das 20h, manifestantes também gritavam por “fora, Temer” e “Diretas já”. A poucos metros, na frente da sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), cerca de 50 manifestantes pró-Moro comemoravam a condenação, com bandeiras do Brasil em punho e panelas na mão. Nem a PM (Polícia Militar) nem a CUT divulgaram estimativa de público no ato.

SÃO BERNARDO
Em frente à residência do ex-presidente, a movimentação ficou por conta de número pequeno de militantes ligados à CUT e ao PT. Eles afirmaram que iriam passar a noite no local em vigília. O grupo, formado por dez homens, cercou o Corolla no qual Lula chegou.

No início da tarde, Juno Rodrigues da Silva, 76, o Gijo, conhecido pelo restaurante que mantém no município e amigo do presidente há 48 anos, compareceu ao apartamento do ex-presidente. A família não estava em casa, mas ele deixou uma água benta em centro espírito na portaria. “É para ajudar a fortificá-lo neste momento.”

Gijo costuma levar uma das suas especialidades, a chuleta, para preparar no forno da casa do ex-presidente. Segundo ele, a última vez foi há 15 dias. Ele ficou sabendo da condenação pela televisão. “É absurda. Se o triplex fosse dele, teria uma escritura. Não tem provas, acredito que seja jogo político.”

Durante todo o dia, carros passavam buzinando pela rua e houve gritos de “Lula, ladrão”. Curiosos também foram até o local para tirar fotos ou observar a movimentação. “Acima de tudo, sou cidadão e quero que a Justiça seja feita. Ele é gente boa, eu sempre o encontro no elevador”, relatou um morador do prédio de Lula.




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