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BBB do ABC de olho na TV
Por Daniel Gutierrez
Especial para o Diário
16/03/2006 | 08:26
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Ele passou do anonimato à fama em poucos meses. Foi como ocorre com todos, com maior ou menor intensidade, os ex-participantes dos reality shows exibidos mundo afora. Carlão, um dos eliminados do Big Brother Brasil 6, o BBB6, da Globo, se declara feliz fora da casa e – novidade! – pretende seguir carreira artística. Carlos Rene Issa Castello, 28 anos, é formado em Direito, é ex-corretor de imóveis e trabalhava com o pai no ramo da construção civil. Mas agora, depois da participação no reality show mais famoso do Brasil, a vida do BBB do ABC mudou. E muito. Tanto que não seria de se estranhar se uma pesquisa de opinião pública o apontasse como a pessoa mais em evidência em toda a região e nacionalmente célebre. BBB, sonho de 11 entre 10 políticos.

O dinheiro, segundo Carlão, não veio em cascatas, como podem imaginar muitos dos telespectadores. A visibilidade obtida no televisivo global, no entanto, tem tudo para servir como ferramenta para ajudar a aumentar seus rendimentos. Na entrevista que concedeu na casa de sua família, em São Bernardo, Carlão definiu a passagem pelo programa como “um presente”.

O ex-competidor contou que não está mais namorando com Danielle Borges, a Dani, garota que ficou no meio da polêmica surgida após a cantada que o rapaz passou em Mariana, para muitos a jogadora mais bela desta edição. “Terminamos minutos atrás (na terça-feira passada), um pouco antes de vocês chegarem, disse à reportagem. “Não terminamos por causa do programa, mas por motivos muito particulares.”

Teatro/TV – Carlos estuda teatro há um ano e meio. Fez seis meses de curso livre de teatro na escola Oficina de Atores Milton Travesso e, agora, dará continuidade ao programa oferecido pela escola Célia Helena, em São Paulo. Os trabalhos como advogado e na área de construção civil serão deixados de lado. Tudo em nome da carreira artística. Apesar dos estudos em artes cênicas, a televisão é a preferência de Carlão: “É porque as portas já estão abertas e a parte financeira da TV é melhor”. Segundo ele, o teatro envolve mais técnica e estudo do que a televisão, mas a inclinação mesmo é pela telinha.

Já encenou algumas peças como exercício nas escolas em que passou e, no fim do ano, no Célia Helena, interpretou dois personagens em uma montagem da peça A Invasão, de Dias Gomes. E a experiência nos palcos fica nisso, mas não a intenção de prosseguir com os estudos. Carlão admira e se espelha em Tony Ramos e em Paulo Autran, para ele “o monstro do teatro brasileiro”. Citou também um espetáculo que o “deixou de boca aberta” que esteve em cartaz no fim de 2005 em São Paulo, no Teatro Fábrica: 17 Vezes Nelson, de Nelson Baskerville. “É um espetáculo fantástico, ficou muito na minha cabeça”, afirmou o brother que prefere assistir a obras alternativas a se render ao teatro comercial.

Amigos – Em certo momento, a entrevista foi interrompida pelo toque do celular. Era Juliana, ex-sister. A moça ligou a cobrar para marcar uma balada com ele. “Acabou de posar para a Playboy e liga a cobrar”, brincou Carlão. Disse que ficou muito amigo de Roberta, Dandan, Daniel Saulo e Juliana: “Eles são meus irmãos mesmo.” Além desses, que já abandonaram o programa, ele citou Mariana e Iran como pessoas com quem pretende manter a amizade.

Como desafetos, indicou Inês e Taís, além do professor Rafa, que parece ter decepcionado Carlão da metade do programa até sua saída no paredão do último dia 7. Sobre Mara e Agustinho, afirmou que os quer muito bem, mas por uma questão de distância e de idade acha que eles não se encontrarão muito.

Carlão ficou confinado 57 dias, mas saiu duas vezes: uma para dirigir o carro para Mariana na prova do anjo e no Carnaval, quando foi visitar a Sapucaí acompanhado de Mariana.

Sobre os bastidores da casa, não falou muito. Normas contratuais o impedem. Mas disse que qualquer coisa que precisasse ser dita aos produtores, tinha de ser no confessionário – sala de confinamento no interior da casa. Por exemplo, quando Carlão sofreu os efeitos de uma alergia. Não foi nada grave, mas a ajuda teve de ser solicitada na pequena sala, nunca no meio da casa.

Tietagem – Carlos tem duas fãs que têm ligado para comentar com ele sobre o que está rolando no programa e para conversar. Ele trata os fãs com muito carinho e disse que “não se irrita com o assédio”. Não conhece pessoalmente as duas meninas, mas as considera amigas porque elas expressam muito carinho. Contou que foi difícil até comer um lanche em um shopping de São Bernardo: “Era uma mordida e um beijo, outra mordida e um autógrafo.” No mesmo local, a vendedora de uma loja o chamou na praça de alimentação e abriu um espumante em sua homenagem. Coisas de tiete. (Supervisão de Ricardo Ditchun)



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