Política Titulo Maré favorável
Oswaldo retoma calmaria na Câmara de Mauá

Prefeito acerta previsão sobre validade da rebeldia de vereadores

Mark Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
06/11/2011 | 07:15
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Após ter a governabilidade ameaçada por dissidências da base, o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), conseguiu retomar a calmaria na Câmara. O petista, aliás, acertou a previsão sobre a data do fim da turbulência.

Em setembro, Oswaldo analisou que o movimento rebelde teria prazo de validade, com a instabilidade devendo acabar até a primeira semana de outubro, quando cessaram as articulações para o troca-troca partidário na vereança. E foi o que, de fato, ocorreu.

Nas últimas sessões, nem mesmo os gritos do oposicionista mais ferrenho, Manoel Lopes (DEM), foram suficientes para atrapalhar os planos do Executivo. Exemplo foi a votação da venda de área de 98 mil metros quadrados, que atinge o trecho Sul do Rodoanel, por R$ 24 milhões. Um dos projetos mais polêmicos do ano passou pelo Legislativo sem que a oposição conseguisse emplacar emenda - foram cinco apresentadas pelo grupo contrário.

Dois meses atrás o cenário era bem diferente. Oswaldo encaminhou à Câmara o Programa de Parcelamento Tributário Municipal, prato cheio para os governistas insatisfeitos mandarem seus recados através da união à oposição para a alteração da matéria. O chefe do Executivo vetou a peça e reencaminhou o texto original à Casa. A segunda tramitação ocorreu sem surpresas.

Outro sinal de descontentamento foi quando, a contragosto da base governista, os rebeldes Professor Betinho (PSDC), Irmão Ozelito (PTB), Alberto Betão Pereira Justino (PTdoB), Batoré (PP) e Cincinato Freire (PDT) ajudaram a aprovar projeto pela obrigatoriedade da manutenção de ao menos um psicólogo em cada uma das escolas da rede municipal.

"O Oswaldo pode confiar (nos dissidentes). Acredito que não haverá grandes movimentações até o fim do ano", apazigua Betinho.


Interlocutor exalta ‘relação fraterna' com parlamentares

 

Interlocutor do Executivo com o Legislativo, o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro (PT), atribui a retomada da calmaria à ‘relação fraterna' que mantém com os vereadores. "Aquilo (sinais de rebeldia) foi um momento de crise. Coisa pontual."

O otimismo, porém, é freado por Ozelito. O petebista é pré-candidato a prefeito e, mesmo com cargos na administração, se diz independente. "Projeto polêmico não passa mais", declara.

De forma mais ponderada, Betão prevê a volta da turbulência em junho, quando forem definidos os candidatos a prefeito - ele caminhará com o correligionário Chiquinho do Zaíra em 2012. "O momento não é de conciliação, mas de tranquilidade", avisa o parlamentar, que depois de trocar o PSB pelo PTdoB, há um mês, ainda não definiu se apoia ou não o governo de Oswaldo.

Cassimiro não mostra preocupação em ter de enfrentar nova instabilidade no ano que vem. "Vamos enviar os projetos necessários. Não nos pautaremos pela eleição."




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