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Sindicatos se mobilizam contra importações de carros
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08/07/2011 | 04:06
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O aumento nas importações de veículos vem assustando o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que promete mobilizar a categoria nesta manhã, a partir das 7h30. O protesto, que terá seu ápice na Rodovia Anchieta, irá contar também com a participação do Sindicato de São Paulo.

Os dois sindicatos querem pressionar o governo federal a analisar documento, aprovado em maio pelas centrais sindicais e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que propõe medidas para proteger a indústria nacional e os empregos contra o avanço das importações.

A intenção dos metalúrgicos é, após reunir os profissionais de várias empresas da região do ABC, realizar um protesto na altura do quilômetro 12,5 da Anchieta, no limite entre a capital paulista e São Bernardo do Campo.

A concessionária Ecovias, que administra o complexo Anchieta-Imigrantes, informou que está ciente da intenção dos metalúrgicos de bloquear a rodovia, mas não foi informada sobre o horário exato do protesto nem sobre o sentido da Anchieta que será utilizado pelos metalúrgicos.

Caso ocorra o protesto, a concessionária solicitará apoio da Polícia Rodoviária Estadual e fará a sinalização necessária para que haja o menor transtorno possível aos motoristas.

Em nota, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, alertou que "ninguém pode se deixar levar pela sensação de bem-estar e otimismo trazida pelo bom momento econômico que o País atravessa. Ao contrário, devemos ocupar as ruas e chamar a atenção para as armadilhas que enfrentamos. A principal delas é a importação de um milhão de veículos este ano. As 700 mil unidades trazidas em 2010 impediram a abertura de 103 mil postos de trabalho. Como os novos números são 38% maiores, a quantidade de vagas que deixará de ser criada também será maior", afirmou.

O sindicato afirma também que "as importações já começaram a causar demissões em autopeças da base porque carros importados trazem boa parte destes componentes do exterior. "É preciso pensar qual modelo de indústria o País deseja. Para isso realizamos um seminário e apresentamos ao governo federal um projeto para recriar uma Câmara Setorial com trabalhadores, governo e empresários para discutir a situação", completou Nobre.




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