Setecidades Titulo Violência
Sem desfiles na região, número de homicídios segue igual
Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
03/03/2017 | 07:00
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 O Carnaval foi teoricamente mais tranquilo no Grande ABC neste ano, sem os tradicionais desfiles de escolas de samba. Porém, a falta de programação não refletiu no número de homicídios. Nos quatro dias de feriado prolongado deste ano, assim como ocorreu em 2016, foram assassinadas oito pessoas na região.

As únicas cidades que apresentaram redução em relação ao ano passado foram São Bernardo e São Caetano. Conforme o delegado seccional responsável pelos municípios, Aldo Galiano Júnior, há diversos fatores para a redução. “Primeiramente, a falta de programação. Depois, com a notícia de crimes graves, o pessoal ficou mais caseiro. Houve operação pré-Carnaval na terça-feira e quarta-feira, com 79 presos e 21 apreensões de menores, com 53 flagrantes.”

As duas mortes registradas em São Bernardo foram ocasionadas por um GCM (Guarda-Civil Municipal) que reagiu a um assalto e matou os dois ladrões, na madrugada de terça para Quarta-Feira de Cinzas. Já em São Caetano foram duas vítimas de caso trágico em que o marido matou a mulher e a sobrinha na segunda.

Santo André também teve registros parecidos. No Parque Miami, marido matou a mulher a facadas na terça-feira. A outra morte foi por perseguição policial no mesmo dia, no Jardim Cristiane. O suspeito estava armado e em carro roubado. Outra perseguição policial deixou um morto na região do Camilópolis no período. Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não tiveram registros.

“Carnaval não é uma época com muita violência porque o pessoal viaja e as cidades estão vazias. As mortes por intervenção policial são uma exceção, porque a polícia não sai para matar, mas acaba acontecendo em situações extremas. O feminicídio é um crime quase impossível de se impedir, porque ocorre dentro de casa. Por isso é importante denunciar as agressões”, comentou o delegado seccional Hélio Bressan.

O delegado assistente da Seccional de Diadema Antônio Tadeu Cunha considerou o feriado tranquilo. “São Paulo teve um Carnaval muito agitado com programação de blocos. O homicídio que tivemos aqui, que já foi esclarecido, não teve influência da festa”, disse. O crime na cidade aconteceu dia 26, no bairro Canhema. Conforme o delegado, um desentendimento em um bar, na parte da manhã, saiu do controle e um dos envolvidos foi morto a marretadas.

Questionada pelo Diário, a Polícia Militar informou que as ligações ao 190 apresentaram queda de 27% no Carnaval deste ano, em comparação com o de 2016, nas sete cidades.  




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