Único vereador eleito pelo Partido da Mulher Brasileira, o PMB, no Grande ABC é homem. O parlamentar andreense Tonho Lagoa, que entrará em seu segundo mandato, não vê problema ou diferença em nenhuma mulher ter vencido pelo partido, que foi criado há mais de ano no País.

“Eu, como vereador, trabalho em conjuntura com meu partido. Tivemos 32 candidatos e somos um conjunto. Eu acho legal eu estar no Partido da Mulher Brasileira porque é um partido de mulher, mas também tem a participação dos homens. Na nossa concepção, gostaríamos que uma mulher também tivesse sido eleita pelo partido, mas infelizmente nesta eleição não deu. Vamos continuar trabalhando dentro do partido para conseguirmos resultados melhores na próxima eleição. Juntos temos a possibilidade de representar o PMB no Grande ABC”, disse Tonho Lagoa.

Segundo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), dentre os 115 postulantes do partido na região a uma vaga ao Legislativo, apenas 47 eram mulheres, sendo que, em cidades como Santo André e São Bernardo, municípios mais candidaturas pela sigla, os nomes femininos nem chegaram a representar metade das concorrentes. São Caetano foi a única exceção dentre as sete cidades: as três candidaturas do partido foram empenhadas por mulheres.

A situação só piora com relação às prefeituras regionais: a legenda teve apenas uma mulher concorrendo ao Executivo, Leo da Apraespi, em Ribeirão Pires, enquanto em Rio Grande da Serra o nome que encabeçou a chapa era masculino, o vereador Cleson Alves. Em compensação, o PMB conseguiu colocar três mulheres como vice em chapas majoritárias no Grande ABC, com Oswana Fameli, que concorreu ao lado de Carlos Grana (PT) tentando a reeleição em Santo André, Lair da Apraespi (PMB), ao lado da irmã em Ribeirão, e Veridiane da Biosfera, como segunda cadeira de Cleson Alves.

Durante o período de formalização de candidaturas deste ano, o presidente do PMB de Rio Grande, Crisanto Araújo, negou que haja problemas em um homem se lançar ao Executivo pela sigla. “As próprias mulheres têm preconceito com a política. Quando criamos o PMB em Rio Grande, minha ideia era ter a Angela da Tappaware (vereadora do PSDB) como candidata a prefeita, mas ela não quis sair do lado de lá (governo de Gabriel Maranhão). Por isso buscamos o Cleson, que tem trabalho na cidade.”