O comerciante Dorival Poltroniere é dono de um estabelecimento localizado na Rua Praça 14 Bis, no bairro Silveira, em Santo André, há 18 anos. No domingo o telefone da loja não funcionou durante o dia todo e a máquina de cartão, o meio de pagamento mais usado pelos seus clientes (e que depende da rede de telefonia para funcionar), ficou fora do ar. Resultado: em apenas um dia, ele deixou de embolsar, pelo menos, R$ 1.500, o que representa, em média, 10% do seu rendimentoCW-5 mensal.

O empresário, que também recebe encomendas de clientes por telefone, sabe que muita gente deixou de comprar em seu comércio por não conseguir se comunicar. "E se o cliente não consegue falar com a gente, ele liga para o concorrente", desabafou Poltroniere. Apesar do problema ter sido solucionado, ele sabe que há chances do transtorno se repetir. Ele e outros moradores disseram que já convivem com a instabilidade na linha telefônica há dois anos. Isso porque a caixa, onde estão conectados os fios de telefone que chegam às casas, está visivelmente destruída. A chuva e o vandalismo são as explicações para o mau estado de conservação.

Gerente de uma loja de material de construção, na mesma rua, José Carlos Barbosa disse que o estabelecimento também ficou sem telefone durante dez dias. Na sexta-feira a Telefônica, empresa responsável pela rede, enviou um técnico para regularizar a situação. "Mas não foi a primeira vez que tivemos transtorno", explicou Barbosa.

Em nota a Telefônica informou que Poltroniere será ressarcido, em conta telefônica, do valor correspondente à fração da tarifa de assinatura, proporcionalmente ao período em que o serviço apresentou problema. A empresa também informou que irá substituir o armário de cabos.