Eleições 2016 Titulo Santo André
Paulinho Serra mira único local onde perdeu; Grana se licencia para 2º turno

Candidato do PSDB ao Paço de Sto.André falou em regularização e reurbanização; atual prefeito entra de cabeça a partir de hoje na campanha

Por Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/10/2016 | 07:00
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Montagem/DGABC


Candidato do PSDB à Prefeitura de Santo André, o ex-vereador Paulinho Serra priorizou ontem atividade de corpo a corpo no Jardim Santo André, bairro periférico da cidade, ao realizar caminhada pelas ruas Toledana e Missionários, única região em que teve resultado adverso nas urnas. O tucano, que liderou a etapa inicial e está em disputa do segundo turno com o atual prefeito Carlos Grana (PT), venceu em nove das dez zonas eleitorais do município, ficando atrás apenas na 383, na segunda posição por uma diferença irrisória, de 349 votos. A campanha de Paulinho concentrou diversos postulantes à vereança e lideranças locais, mirando reverter o quadro.

Ao lado de apoiadores, Paulinho foi bem recepcionado pelos moradores, ouvindo pedidos de maior atenção para a região. O tucano falou que o local “é mais uma área abandonada nas últimas gestões”. Segundo o candidato, o seu programa de governo prevê regularização de moradias, onde é possível, e plano de reurbanização, o que serviria para garantir, no mínimo, o básico. “Temos projeto chamado Reurbaniza Santo André, que vai atender várias comunidades com estrutura para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Asfalto, água, luz, dar dignidade. Não dá para falar em grandes obras. É pé no chão.”

Paulinho reforçou que há compromisso firmado com o secretário estadual de Habitação, Rodrigo Garcia (DEM), para regularização fundiária de diversas áreas na cidade, colocando como principal o Centreville. “Nos primeiros seis meses, o Centreville será regularizado. Os moradores terão escritura (dos imóveis)”, pontuou o prefeiturável. Em relação às obras da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) a passos lentos no Jardim Santo André, o ex-vereador alegou que existem recursos em fase final de liberação pela União para o Estado, visando dar andamento às intervenções. “O Rodrigo disponibilizou, além da produção de moradias, perto de 2.000 (unidades), terminar projeto de urbanização, que nunca foi concluído.”

Grana, por sua vez, pediu licença ontem do cargo de prefeito para dedicar-se exclusivamente à reta final desta segunda etapa do pleito. O petista tira férias de 15 dias e entra de cabeça a partir de hoje na empreitada, fazendo minicomício no Sítio dos Vianas e caminhada na Tamarutaca. Coordenador da campanha do PT, o presidente municipal do partido, deputado estadual Luiz Turco, afirmou que agora o diálogo fica mais aberto ao confrontar somente duas candidaturas. “Esse é o diálogo. Decidir o que é melhor: a do prefeito Grana ou do outro lado, que tem outro projeto, diferente do nosso”, disse o dirigente.

Com a derrota na maioria das zonas eleitorais, a coordenação da empreitada governista descentralizou a campanha, dividindo a cidade em dez, número das zonas – no primeiro turno, o fatiamento era em sete regiões. “Tudo que foi feito em Santo André temos que identificar que foi feito por nós (gestões do PT). Se conseguir transmitir, podemos virar o jogo. Esse é o objetivo, promovendo agenda propositiva”, assinalou Turco.

Neutro no início, Bahia anuncia apoio a candidato do PSDB

Independente no primeiro turno do processo eleitoral por divergências internas, o vereador de Santo André Evilásio Santana, o Bahia (DEM), decidiu declarar apoio à candidatura majoritária do PSDB, Paulinho Serra, nesta etapa final do páreo – o DEM formalizou suporte ao tucanato na semana passada. O parlamentar não conseguiu a reeleição no dia 2, mas evita falar em arrependimento, jogando a responsabilidade do revés da legenda, que perdeu representatividade na Câmara, ao então candidato democrata, Fabio Picarelli, por desistir da disputa às vésperas da convenção partidária. “A falta da candidatura a prefeito nos prejudicou muito. Atrapalhou demais o fato de o Fabio ter abandonado o barco no meio do oceano, de última hora”, alegou.

Bahia obteve 3.969 votos, sendo o 14º mais votado da cidade, só que ficou fora do Legislativo, uma vez que o DEM não atingiu o quociente eleitoral, de 16,1 mil sufrágios – a chapa fez 11,2 mil. Antes neutro na empreitada ao Paço, Bahia sustentou que a escolha deve-se ao compromisso de Paulinho nas áreas de Saúde e Esportes. “Ele sinalizou propostas concretas, por exemplo, para melhorias no PA (Pronto Atendimento) Bangu, olhar diferenciado para o 2º Subdistrito, incluindo também a malha viária e avanços no setor esportivo”, disse o democrata, referindo-se ao seu reduto eleitoral. “Há ideia de se fazer quatro campos de gramado sintético.”

Com o recuo de Picarelli, a sigla resolveu não aderir a nenhuma chapa ao Paço na fase inicial, liberando os postulantes a vereador para que escolhessem o caminho no pleito. Diante da situação, 22 nomes estavam com Paulinho, enquanto que outros oito quadros da proporcional acompanharam a campanha do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). “Nosso projeto continua. O Paulinho é jovem, tem tudo para ser nova liderança da cidade. Tenho certeza que honrará os compromissos.” 




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